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Terça-feira, Abril 23, 2024

“Cultura e Turismo são as áreas em que Guimarães evoluiu”

Economia

  • Critica a Câmara Municipal por ter deixado a indústria para trás, no que ao desenvolvimento local diz respeito.
  • E condena Domingos Bragança e seus pares por não seguirem o caminho de “salvar a indústria que dá emprego e cria raízes”.
  • É, no momento, a mulher que se senta na vereação, do lado da oposição. Não é a única a esgrimir contra o couraçado político socialista, nos tempos democráticos do poder local.
  • Sente que a falta de tempo é um óbice a uma maior participação na vida política local.
  • Apesar disso, admite que é com responsabilidade e compromisso que exerce a função para além da dificuldade que tem em executar o que quer que seja.

Como avalia a prestação das mulheres na política?
Francamente, gosto pouco desse rótulo. Acho-a redutora. A política deve ser feita de mulheres e de homens, porque é dirigida a uma sociedade composta por ambos. Não me parece que haja temas de mulheres ou de homens. Há temas de pessoas e para as pessoas, a que umas são mais sensíveis do que outras.

E a sua em particular?
Com menos dedicação do que gostaria, por absoluta falta de tempo.

Na reunião de Câmara, senta-se defronte das vereadoras mulheres socialistas. O que vê nelas?
Dedicação.

E como avalia a sua competência e o seu perfil nas áreas em que operam?
Boa, sob o ponto de vista formal. Do ponto de vista material e subjectivo, na grande parte das vezes, discordo e, por isso, não me é possível graduar com objectividade.

Vânia Dias da Silva (vereadora CMG). 📸 GA!

Quando se sentou pela primeira vez na cadeira da oposição, o que sentiu e o que anteviu ou projectou?
Responsabilidade e compromisso. Dificuldade em executar o que quer que seja.

Pensou que alguma vez poderia ir para a outra banda… da mesa de reuniões?
Não. Mas nunca se diz nunca e “o povo é quem mais ordena”.

Se tivesse de fazer uma lista de fãs, de mulheres políticas, de quem se lembraria, ao nível nacional e local?
Nunca tive propensão para listas de fãs, nem mesmo na adolescência. Algumas mulheres políticas a quem reconheço muitas qualidades, capacidades e competências: Cecília Meireles, Maria José Nogueira Pinto, Manuela Ferreira Leite.

Comparativamente, é melhor ser mulher no Governo ou na Câmara Municipal no papel de oposição?
São totalmente diferentes os papéis e, logo, insusceptíveis de comparação.

📸 GA!

Já agora, que avaliação faz – dê uma nota de 1 a 10 – ao papel desempenhado pelos vereadores da Coligação Juntos por Guimarães?
Mais uma vez, avaliações subjectivas são particularmente difíceis – 8.

Sente satisfeita com esse balanço?
Sim. Mas podemos sempre fazer mais e melhor.

“O Município recusa-se a apoiar qualquer iniciativa da coligação.”

Nota-se que a agenda da oposição está repleta de casos e omissões sobre a actual gestão municipal, não afirmando uma alternativa… tout court… Concorda?
Não. Há todo um programa que está escrito e cujo conteúdo marca invariavelmente a nossa agenda. Economia e empresas, acessibilidades, educação, entre outros. Simplesmente, na oposição é impossível de executar, até porque o Município recusa-se a apoiar qualquer iniciativa da coligação. Excepto quando faz seu, mimetizando-o, o programa da Coligação.

Sente que o seu papel de política na oposição está condicionado por não o poder fazer a tempo inteiro?
Claramente.

Que constrangimentos sente?
Tempo e impossibilidade de execução.

Na sua opinião, em que áreas Guimarães mais se desenvolveu?
Apenas na cultura e vagamente no turismo. E isso é bom. Mas regrediu muito no que era a sua marca – a indústria. E o caminho do Executivo não vai no sentido de a salvar, que é o que dá emprego e cria raízes.

E quais são as em que está a ficar para trás?
Como disse, na indústria e, reflexamente, no comércio.

Há quem diga que Domingos Bragança é o presidente promessa… Subscreve este epíteto?
Sim.

E como vê, à distância, a Assembleia Municipal?
Um fórum de discussão e de escrutínio da política local, onde se encontram pessoas muito competentes. Mas que, mais uma vez, não tem capacidade de influência, porque este Executivo não a permite.

No CDS/PP, sente que os seus representantes nos órgãos autárquicos cumprem uma função mas não uma missão?
Cumprem ambas. E ambas fazem parte.

📸 GA!

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