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Sexta-feira, Março 29, 2024
Alberto Martins
Alberto Martins
Alberto Martins, 41 anos é empresário e licenciado em gestão. Actualmente é ainda presidente da junta de freguesia da Vila de São Torcato desde 2017, tendo já sido tesoureiro desde 2005 até 2017. Trabalhou e colaborou com diversas empresas, de onde se destaca a empresa Coming Future e a empresa JF Economista Internacionais.

O cancro também pode ser sinónimo de vida!

O cancro é definitivamente uma das doenças mais terríveis e letais com que a humanidade se confronta atualmente. Estatisticamente, a prevalência da doença é maior em latitudes mais desenvolvidas, acompanhando um estilo de vida mais ocidental e onde fatores exógenos ao cancro, como a poluição, o stress ou a alimentação tem um papel decisivo. A estes fatores adicionamos ainda o envelhecimento da população, alicerçado no aumento da esperança de vida, contribuindo decisivamente para a maior incidência da doença.

Com o aparecimento da pandemia por Covid-19, percebemos que parte do trabalho de desenvolvimento das vacinas para tratar esta pandemia estava feito, sobretudo a reboque da investigação de anos, na luta contra o cancro. Temos assistido a uma aposta muito forte na investigação em métodos mais eficazes e menos evasivos para combater a doença, para além dos clássicos tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Estas pesquisas cientificas têm tido algum sucesso, mas sucessivos contratempos e revés, continuando a cura a ser ainda uma ténue miragem.

Contudo, estes avanços tem sido muito importantes no ganho de qualidade de vida dos pacientes e abrem uma nova esperança para o futuro, pois centram-se numa multiplicidade de tratamentos, entre os quais a imunoterapia, menos evasiva e que procura “programar” o nosso sistema imunitário para combater a doença. A esta nova esperança agrega-se a tecnologia e sobretudo a nanotecnologia, permitindo chegar a locais (células), onde até agora era impossível e desta forma abrir horizontes para novas investigações e potenciais novos tratamentos.

Contudo, este artigo muito mais do que versar sobre o rigor científico da doença e dos seus tratamentos, tem como objetivo demonstrar os “avanços civilizacionais” que se fazem para além dos laboratórios e das camas dos IPO’S. Temos assistido, para grande alegria minha, a um conjunto enorme de iniciativas que são verdadeiros sinais de vida, visando apoiar as organizações que trabalham lado a lado com quem trata os doentes, os próprios doentes e traduzir de forma clara e simples a todos o que é a esta terrível doença.

Foi uma magnífica oportunidade de toda a população ter acesso, através de uma linguagem simples e clara, a todos estes conceitos e processos.

Exemplo disso foi a sessão realizada no passado dia 27 de Dezembro, onde tivemos o prazer e o orgulho de organizar na Vila de São Torcato, a 1ª sessão de “Ciência para Todos na Vila”. Esta primeira sessão teve como oradora a Dra Soraia Fernandes, investigadora Torcatense que trabalha atualmente na República Checa, na cidade de Brno e que falou sobre a doença, nomeadamente o seu desenvolvimento e progressão, com foco nos processos biológicos que contribuem para o aparecimento do cancro, nos problemas associados aos tratamentos convencionais como a quimioterapia e radioterapia e na procura de novos tratamentos para a doença. Foi uma magnífica oportunidade de toda a população ter acesso, através de uma linguagem simples e clara, a todos estes conceitos e processos que são extremamente complexos.

Assistimos ainda a outros exemplos que são sinais de vida, dentro de uma doença que habitualmente tem o significado contrário, a brilhante iniciativa do GD União Torcatense, a que a Junta de Freguesia de São Torcato se juntou, “Sorriso Mágico”, que consiste na recolha de livros e jogos didáticos para a ala pediátrica do IPO ou a recolha de verbas, por parte da Junta de Freguesia de São Torcato, quer na caminhada solidária pela vida, quer mais recentemente no Trail Solidário Vila de São Torcato, a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, nobre instituição que caminha diariamente ao lado dos doentes oncológicos e dá suporte a milhares de famílias de todo o país.

Somos assim, na entrada de um ano novo repleto de desafios e incertezas, invadidos de um verdadeiro espírito comunitário, de solidariedade, de consciência do que é a luta pela sobrevivência a esta doença e sobretudo de esperança.

Porque apesar de tudo, o cancro também pode ser sinónimo de vida!

© 2023 Guimarães, agora!


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