Após três meses de funcionamento, o novo centro destinado à população idosa das duas freguesias, foi inaugurado no último fim-de-semana. Por iniciativa e impulso da Associação Social de Abação e Gémeos (ASAG) o novo equipamento já acolhe 80% população idosa.
O seu presidente, Alfredo Faria, afirmou que “este projecto nasceu da vontade comum, minha, do presidente da Câmara e do presidente da Junta”. Considerou que “é algo que nos orgulha” porque ao fim de pouco tempo já conseguiu ter a adesão dos mais velhos.
“Mas precisamos de mais” – sublinhou. E justificou, porque “a associação ainda é frágil e não sustentável, precisamos de mais associados, voluntários e de novas valências. Só assim poderemos ser sustentáveis. Temos de nos unir, porque a união faz a força”.
“A criação da ASAG reforça a minha convicção de que juntos somos mais fortes.”
Por seu turno, José Araújo, presidente da união de freguesias de Abação e Gémeos deixou uma palavra de reconhecimento ao apoio da autarquia, sublinhando que “a constituição de uma IPSS aqui, a criação da ASAG reforça a minha convicção de que juntos somos mais fortes. Não podemos ter medo dos problemas, só temos de ter um objectivo claro: se trabalharmos em conjunto, seremos sempre muito mais fortes”.
O novo espaço é fruto da requalificação da antiga escola local. E para Domingos Bragança, “representa um marco importante que assinala o início de um projecto mais amplo, permitindo estruturar a organização necessária para definir metas e trabalhar em conjunto, com a ambição de, no futuro, expandir os serviços para centro de dia, apoio domiciliário e eventualmente um centro residencial, sustentando tudo no estatuto recentemente alcançado de IPSS”.

“E o pior que pode acontecer a alguém é não saber o que vai fazer no dia seguinte.”
O presidente da Câmara destacou ainda a relevância destas estruturas para combater a solidão: “O grande problema das sociedades de hoje é a solidão. Viver só é perder laços, perder propósito. E o pior que pode acontecer a alguém é não saber o que vai fazer no dia seguinte. A vida começa a ficar triste. Há pessoas que não têm filhos ou netos na proximidade e é para esses que espaços de convívio, como este, são ainda mais importantes: criam comunidade. Muitas pessoas há que acordam com o propósito de vir ao centro de convívio porque têm o grupo de bordado, o ensaio do coro, uma visita a um amigo doente, o ouvir e ser ouvido, a continuar a fazer parte e a ter atenção. Isso dá vida! Recordo o caso de um médico japonês de 105 anos que, depois de dar uma conferência com paixão e inteligência, mostrou à jornalista a sua agenda em papel. Disse-lhe: ‘Está a ver esta agenda? Já tenho compromissos marcados para os próximos cinco anos, todas as semanas, todos os dias’. Isto é ter propósito. Isto é o que nos dá vitalidade!”
O novo Centro de Convívio da ASAG promete ser um ponto de encontro essencial para a população sénior da região, promovendo laços comunitários, ocupação activa e combate ao isolamento, num projecto que agora se concretiza, mas que já aponta a um futuro de crescimento e novas respostas sociais.
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