Foi hoje apresentado, no Teatro Jordão, o Estudo de Benchmarking acerca das Boas Práticas Sobre Sistemas de Inovação e Estratégias de Especialização Inteligente. A sessão contou com a presença do presidente da Câmara, Domingos Bragança, da directora de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDR-Norte, I.P., Raquel Meira, do presidente da CCDR-Norte, I.P., António Cunha e os contributos dos professores António Fontainhas Fernandes, José Manuel Mendonça e Carlos Bernardo.
Este estudo, financiado pelo Programa Norte 2020, pretende servir de referência para apoiar a institucionalização do sistema regional de inovação do Norte de Portugal e estabelecer o modelo mais adequado para a CCDR-Norte reforçar o seu papel de apoio à I&D e à inovação a nível regional.
Neste evento, a apresentação dos resultados do estudo foi feita por Augusto Ferreira, Managing Partner da Technopolis Portugal. Foi, também, partilhada a experiência de regiões europeias seleccionadas no âmbito deste exercício de benchmarking, em específico por Luc Hulsman, da Northern Netherlands Alliance, Angelica Laterza, da DG Knowledge, Research, Labour, Business da Emília Romagna e Sabela Pardo, da Agência Galega de Inovação. Seguiu-se um conjunto de intervenções dos professores convidados como especialistas nacionais em políticas de inovação sobre contributos para a institucionalização do sistema regional de inovação do Norte.
O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, deu início à sessão mencionando a “aposta de Guimarães nos três pilares da cultura, da educação e da ciência”. O edil referiu os projectos que estão a ser desenvolvidos associados a esses pilares, nomeadamente a obra da Escola-Hotel do IPCA, a reabilitação da fábrica do Arquinho para acolher o curso de Engenharia Aeroespacial da UMinho e a Fibrenamics, e a requalificação de uma fábrica em Pevidém para instalar a Academia de Transformação Digital.
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“Se tudo correr bem, nós estamos a falar num investimento de 45 milhões de euros.”
“Se tudo correr bem, nós estamos a falar num investimento de 45 milhões de euros. É um caminho que estamos a seguir. No nosso pensamento político, na nossa visão de cidade e de território, assumimos que é o caminho certo”, defendeu o autarca. Aludiu, ainda, ao financiamento de um novo edifício no AvePark destinado ao Instituto Cidade de Guimarães focado na Biomedicina regenerativa.
“Somos a maior região industrial e exportadora do país.”
No encerramento da sessão, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, anunciou que estão “num processo de mudança” com “um novo enquadramento legal” e “a caminho de ter novos estatutos”. Considera que estas alterações, nomeadamente a mudança na lei, surgem como uma oportunidade para trabalharem no domínio da inovação, que é também uma necessidade. “Somos a maior região industrial e exportadora do país e uma região que é industrial e exportadora e que vive da exportação e que é muito importante para o país, como mostram os resultados económicos dessa exportação, tem que ser uma região muito internacionalizada e muito inovadora, sob pena de perder competitividade nessa indústria”, explicou.
António Cunha descreveu o Norte como “uma região industrial inovadora”, ainda que seja necessário inovar noutras áreas como o Turismo ou Agricultura. “Nós temos uma oportunidade, temos uma necessidade inequívoca, portanto, que é sermos mais inovadores, e depois achamos, no diagnóstico que fazemos, que temos condições para dar o salto que devemos dar, temos condições porque sim, temos um sistema com massa crítica, um sistema de inovação com muitos actores”, declarou. Revelou, ainda, que o Norte foi a “região europeia que mais subiu” no European Regional Competitiveness Index, tendo sido superada apenas por Varsóvia que, sendo uma capital, “tende a ser analisada de forma diferente neste tipo de comparações”.
Sobre o futuro, deixou a nota: “Faremos uma gestão do programa Norte 2030, em que a avaliação dos projectos de I&D, os projectos de inovação, será feita a partir do nosso sistema regional de inovação. Mas estamos a falar apenas daquilo que tem a ver com os investimentos das PME’s, porque é o único que é alvo do Norte 2030”.
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