BioShoes4All: há uma nova geração de produtos mais inovadora a chegar ao mercado

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Sapatos com casca de maçã ou de ananás? Já era! Há uma nova geração de produtos ainda mais inovadora pronta para chegar ao mercado. Desde azeitonas, borra de café, casca de arroz ou de ovos, passando por extratos de oliveira, pinheiro, mexilhões ou repiso de tomate, uma nova linha de produtos, recentemente ultimada no âmbito do projecto BioShoes4All, será apresentada ao mercado, hoje, à tarde, na Micam, que termina em Milão. 

O BioShoes4All, envolve 70 parceiros – entre os quais 20 entidades de investigação e desenvolvimento e 50 empresas – e pressupõe um investimento de 62 milhões de euros, no âmbito do PRR, que entra agora numa fase decisiva. 

“É o maior projecto de sempre da indústria portuguesa de calçado e o maior investimento em investigação.”

“Envolvemos empresas representativas de toda a cadeia”, destaca Maria José Ferreira, “todas orientadas para concretizar uma mudança radical ao nível da sustentabilidade dos materiais, produtos químicos, processos de fabrico, modelos de negócio e produtos finais de calçado e marroquinaria”. De acordo com a coordenadora do projecto, “o BioShoes4All é o maior projecto de sempre da indústria portuguesa de calçado e o maior investimento em investigação, desenvolvimento, inovação, e capacitação realizado num curto espaço de tempo, tornado possível pelo programa português de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Next Generation EU”

“Os novos produtos são criados e refinados com base em estudos para medir e reduzir a sua pegada ambiental.”

Maria José Ferreira considera que “pelo modo como foi organizado, o projecto apresenta um potencial relevante de transformação do cluster do calçado português, com impacto internacional”. Para já, são várias as novas soluções desenvolvidas e que devem chegar ao mercado já em 2025, sendo apresentadas a potenciais clientes da indústria na maior e mais relevante feira internacional de calçado. Assume, ainda, que “os novos produtos são criados e refinados com base em estudos para medir e reduzir a sua pegada ambiental e de carbono, e actuar ao nível do desenvolvimento e selecção dos materiais e processos”

Tratam-se, no essencial, “de produtos leves, apelativos, mas com poucos materiais diferentes para potenciar a sua produção ágil e reciclagem. Os materiais e produtos integram sub-produtos da alimentação humana ou animal, incluindo casca de arroz, cereais, caroço de azeitona, castanha, casca de mexilhão, podas de videira, algas, entre outros, que reforçam ou materializam novos materiais, palmilhas, reforços ou solas. Valorizam resíduos das indústrias agro-florestais nacionais como sejam extratos de casca de pinheiro, café ou oliveira para curtir peles. Reciclam resíduos de produção de couro, componentes e calçado para fazer novos couros, componentes, incluindo testeiras, contrafortes, solas e calçado”

Adicionalmente, “os novos produtos de calçado e de marroquinaria apresentam uma maior durabilidade, menor pegada ambiental medida seguindo o método europeu PEF”, podendo ainda ser “reparáveis ou recicláveis/ circulares”. Acresce que “os processos de produção são redesenhados, humanizados e eco-eficientes, minimizando-se os produtos químicos utilizados, a energia e os efluentes e resíduos de produção”.

Foto © APICCAPS

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