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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ponte vai dar mais vida ao rio Ave

Economia

Novas vias como factor de aproximação

A Operação de Reabilitação Urbana, concebida para a vila de Ponte, tem um custo de execução estimado em mais de 3,4 milhões de euros e abrange uma área de 58,07 ha.

O horizonte temporal da concretização da ORU de Ponte vai até ao final de 2029. Segue-se naturalmente, os princípios básicos que a Câmara definiu para estas operações: “densificação das vilas para estruturar os centros e funcionalidades, levando em conta a diversidade, especialização e qualidade dos serviços e equipamentos. E preservando os valores que marcam a identidade de cada vila.”

Ponte tem uma estrutura de território “difuso” à semelhança do vale do Ave e a ORU pretende fazer com que o centro urbano que se estende ao longo do arruamento que começa na rotunda da estrada de Guimarães-Taipas e segue até Campelos. É neste eixo de território que se concentram as intervenções a concretizar.

A redução da ocupação construtiva e uso do solo, a redução de áreas de impermeabilização e a construção de equipamentos de uso comunitário são opções vincadas nesta operação, sem perder de vista a afirmação da centralizado simbólica, admitindo-se, porém, que com a ampliação do parque industrial, Ponte fique mais próxima das polaridades da cidade, Taipas, Silvares e Avepark por causa das novas vias que estão previstas nesta zona do território.

Vários estudos, como o Plano Pormenor de Ponte (2010), a revisão do PDM e outros planos estratégicos (como a solução apresentada em 2014 para a nova via de acesso ao Ave Park) e também a via estruturante e local que relacione mais Ponte com Vila Nova de Sande, contribuíram, enquanto antecedentes urbanísticos, para a visão do território que está contemplada na ORU.

Objectivamente, enquanto operação urbanística, a ORU vai ter em conta o planeamento dos espaços de densificação entre núcleos, reforçar a função residencial do tecido urbano reaqualificando-os de equipamentos culturais, recuperando vias de comunicação, identificando património edificado passível de ser reabilitado, potencial a vivência diária dinamizando os núcleos mais simbólicos.

Um dos aspectos mais curiosos da ORU é fazer com haja uma maior vivência junto ao rio Ave, com a limpeza do leito do rio e aproveitamento das suas margens.

“A avenida para Tojais é muito importante” – Sérgio Rocha, presidente da Junta de Freguesia

As opções da ORU de Ponte vão de encontro às expectativas da população e concretizam e complementam outros investimentos já realizados num passado recente.

Guimarães, agora! – Qual a importância da operação para o desenvolvimento da vila?
Sérgio Rocha –
Esta operação de Reabilitação Urbana (ORU) surge no seguimento da ARU (Área de Reabilitação Urbana) de Ponte aprovada em 2016, a qual já contemplava uma série de intervenções fundamentais para o desenvolvimento da vila. Por via disso, é extremamente importante para Ponte e para o concelho de Guimarães.

GA! – Qual é o empreendimento de maior destaque listado na mesma, uma de investimento municipal, outra de investimento privado?
SR –
No que ao investimento municipal diz respeito, e apesar de todas serem importantes, destaco a construção da Avenida de Tojais/Igreja, a qual ligará a EN101 ao Largo da Igreja de Ponte, e o parque de estacionamento junto ao Largo da Igreja de Ponte.

GA! – Concorda com o elenco das acções apontadas e se haverá alguma que tenha ficado de fora desta operação?
SR –
No cômputo geral, concordo com todas as áreas elencadas de intervenção municipal.

GA! – E sobre as áreas contempladas?
SR –
Correspondem ao que são algumas prioridades e estratégias.

GA! – O espaço temporal definido para a sua concretização merece da sua parte alguma divergência?
SR –
O hiato temporal definido na ORU para a concretização das “reabilitações urbanas” constante na ORU de Ponte é, na minha opinião, meramente previsional. Até porque nada invalida que as mesmas não possam ser concretizadas antes do prazo.

GA! – O que espera da iniciativa privada na concretização desta ORU?
SR –
Todas as iniciativas privadas são bem acolhidas, desde que as mesmas estejam em consonância com a Câmara Municipal de Guimarães e com a Junta de Freguesia de Ponte.

GA! – E dos proprietários de imóveis na reconversão das habitações mais problemáticas do ponto de vista da edificação e segurança?
SR –
Estou plenamente convicto que esta ORU de Ponte vai de encontro às expectativas dos proprietários e dos anseios dos habitantes da nossa vila.

© 2019 Guimarães, agora!

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