A Associação Vimaranense de Hotelaria reuniu-se, esta Sexta-feira, com os donos de estabelecimentos do Centro Histórico, em particular da Praça de Santiago. O motivo da reunião foi avaliar e discutir o Projecto de Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços no Concelho de Guimarães.
A reunião focou-se, essencialmente, no projecto para a distribuição de esplanadas e nos novos horários de funcionamento dos estabelecimentos do centro histórico. Os profissionais deste sector com estabelecimento na praça da Oliveira já chegaram a acordo com o Município e aceitaram o projecto. O presidente da direcção da AVH, José Diogo, apresentou um novo projecto para as esplanadas da praça Santiago, proposta à qual chegou em conjunto com a Câmara após se reunirem na quarta-feira e fazerem alterações ao plano original.
Ainda assim, existe algum descontentamento, nomeadamente no que diz respeito às esplanadas não estarem colocadas em frente a certos estabelecimentos ou à redução da área para colocar mesas e cadeiras.
“Entre as 20h00 e as 12h00 do dia seguinte, não é permitida a projecção de sons para as vias e demais lugares públicos.”
Quanto aos horários de funcionamento, o regulamento estipula que, de 1 de Abril a 30 de Outubro, todos os estabelecimentos de hotelaria do Centro Histórico terão licença para ficarem abertos até às duas da manhã. O único “senão” apontado pela direcção da AVH está relacionado com a música, segundo o regulamento: “Entre as 20h00 e as 12h00 do dia seguinte, não é permitida a projecção de sons para as vias e demais lugares públicos”. A dificuldade neste ponto, segundo os profissionais do sector, é saber se a música que estão a emitir está a ser projectada para o exterior. Por isso, sugeriram colocar limitadores para não haver dúvidas, especialmente em casos em que sejam abordados por agentes da autoridade. Ainda assim, defendem o aumento da fiscalização, tanto a nível do volume de som, como do cumprimento dos horários de fecho, argumentando que quem estende as horas de serviço ilegalmente está a praticar “concorrência desleal”.
José Diogo clarificou que quer “dar as mãos aos moradores” e trabalhar em conjunto com os mesmos e a Câmara Municipal. Segundo o presidente da AVH, que esteve presente na reunião dos moradores, a principal queixa prendia-se com a segurança, relacionada com o lançamento de petardos, consumo de drogas e distúrbios nas entradas das habitações. Para este problema, os profissionais da hotelaria defendem o aumento do policiamento e presença das forças de segurança no centro histórico, principalmente à noite.
Quanto ao barulho, acreditam que a maior perturbação acontece na hora do fecho, quando os clientes permanecem na praça sem outro local para onde ir. Neste aspecto, o alargamento do horário da Tribuna, São Mamede e outros estabelecimentos semelhantes para as quatro da manhã, irá contribuir para a mais rápida dissipação dos grupos de consumidores.
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