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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

UNU-EGOV: o desejo de ser mais do que uma Unidade Operacional

Economia

A Unidade Operacional da Universidade das Nações Unidas, a funcionar na zona de Couros, tem um prazo de validade definido até ao final de 2023.

Entretanto, o desejo de transformar aquela unidade operacional, especializada em governação electrónica, num Instituto da Universidade das Nações Unidas serviu para iniciar uma campanha de sensibilização política, por parte da sua directora, Delfina Soares.

Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, e os deputados André Coelho Lima (PSD), Anabela Real e Alexandre Quintanilha (PS), visitaram as instalações em Couros, ao mesmo tempo tomaram nota da actividade da instituição e as suas linhas principais de investigação.

Delfina Soares fez uma apresentação com o detalhe essencial dos projectos já implementados e em curso, numa operação de “charme” junto da Assembleia da República e do seu presidente que, ao tempo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, foi quem assinou o acordo que permitiu instalar, em Guimarães, esta Unidade Operacional.

Mais dependente do governo português do que da ONU, a unidade de investigação electrónica, instalada em Guimarães, viu recentemente prolongada a sua existência até ao final de 2023 depois da aprovação pela Assembleia da República de um acordo suplementar que prolonga o acolhimento desta UNU-EGOV em Portugal.

Agora, é tempo de tentar ir mais longe fazendo com que a unidade, instalada em Portugal desde 2014, por força de uma acordo assinado com a Universidade do Minho, em 27 de Outubro de 2014, e a partir do qual muitos esperam se institucionalize enquanto Instituto da Universidade das Nações, tal como outros institutos espalhados pelo mundo.

Delfina Soares evidenciou todo o trabalho desenvolvido na área da governação electrónica e do seu foco em contribuir para a inovação dos serviços públicos da administração, da busca permanente de transparências das instituições públicas e o desenvolvimento da inclusão social e de uma condição activa da cidadania.

Augusto Santos Silva. 📸 GA!

No fundo, a directora desta unidade perseguiu os objectivos de desenvolvimento e paz que o então secretário-geral U Thant, defendeu para criar a universidade das Nações Unidas, implementada apenas a partir de Janeiro de 1975.

Para o desempenho da sua função e missão, a unidade operacional da UNU tem em Guimarães 41 investigadores, de 19 países, sendo 34 académicos e sete pertencentes a organismos da administração pública.

Nas suas actividades de investigação, de consultadoria de serviços assente numa rede colaborativo com países e organizações internacionais, a aposta na e-governance tem permitido intervir em áreas da sociedade civil e sectores públicos bem como na melhoria dos processos democráticos.

A governação digital, a regulação de políticas, a transformação digital, a inovação e uso de tecnologias e a participação dos cidadãos de cada comunidade tiveram efeitos no ambiente social e económico, na sustentabilidade, na paz e segurança e no crescimento de uma sociedade resiliente.

Acrescem contribuições na área política e científica, com ajuda a países PALOP – Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe na definição da sua governação digital.

📸 GA!

Como disse um dos colaboradores da UNU-EGOV, esta unidade implementou processos de capacitação de cidadãos e instituições também no Médio-Oriente, no uso da “tecnologia cívica”, estabelecendo uma rede colaboração com cerca de 7 mil investigadores em todo o mundo na área da governação electrónica.

Desde 2007 que a UNU-EGOV foi capaz de organizar uma conferência internacional de governação electrónica, em vários países, contribuindo para a inovação em serviços públicos e aplicação estratégica de tecnologias digitais.

O financiamento desta Unidade no período de 2019-2023 resultou de algumas das actividades e do sector privado, de instituições académicas, organizações internacionais, bancos de desenvolvimento e do sistema da ONU.

Numa sessão controlada no tempo, apenas foram feitas algumas perguntas por Augusto Santos Silva e os deputados que o acompanhavam.

O presidente da CCDR-Norte, António Cunha, o vice-reitor da Universidade do Minho, Luís Amaral e o presidente da Câmara Domingos Bragança, também participaram nesta visita.

📸 GA!

© 2023 Guimarães, agora!


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