A Secção Norte da Ordem dos Engenheiros (OERN) fez a sua apreciação do Plano Ferroviário Nacional (PFN) e defende uma linha para fechar o quadrilátero do Minho que inclui a ligação de Guimarães a Braga, adiantou o jornal ECO. O PFN defende a implementação de um sistema de autocarros articulados do tipo BRT para ligar Guimarães a Braga, Fafe, Felgueiras e Famalicão mas a OERN quer uma nova linha ferroviária para o Norte litoral e outra para o Norte interior.
“O documento peca por falta de ambição e não percebemos qual é o projecto para o território. Dificilmente contribuirá para o reforço da coesão territorial”, lamentou o presidente do Conselho Directivo da OERN. Bento Aires considerou ainda: “Não me parece cabal pensar numa nova linha sem estar preparada a infraestrutura”.
As propostas foram apresentadas na Quarta-feira na Secção Norte da Ordem dos Engenheiros, sendo uma das sugestões construir uma linha de comboio directa entre Braga e Guimarães, com tempo de viagem máximo de 10 ou de 15 minutos se houver uma estação nas Taipas. Esta ligação sob carris poderá ter um custo entre 400 a 450 milhões de euros, muito aquém do valor estimado pelo Secretário de Estado das Infraestruturas que fez, em Janeiro, uma estimativa de “muitas centenas de milhões”.
“Com esta opção, um comboio pode sair de Guimarães, passar pela nova estação de Braga e ir directamente até Vigo.”
Das soluções apresentadas pela OERN, para a mais barata, seria necessário construir um túnel de cerca de 3,2 quilómetros e na versão mais cara, o túnel teria de ter 4,5 quilómetros. “Com esta opção, um comboio pode sair de Guimarães, passar pela nova estação de Braga e ir directamente até Vigo”, sinalizou o autor desta proposta, João Cunha, administrador do portal Portugal Ferroviário.
A Secção Norte da Ordem dos Engenheiros defende, ainda, que se forem acrescentados cerca de 150 milhões de euros, Guimarães pode ficar a menos de uma hora de comboio de Viana do Castelo, com paragem em Barcelos e Braga.
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