Será utilizado em vários domínios e com mais outros seis supercomputadores, colocará a União Europeia na linha da frente da próxima geração de sistemas e infra-estruturas de computação.
O contrato para fixar o Deucalion em Portugal foi assinado a 5 de Fevereiro, no decorrer da presidência portuguesa da União Europeia.
O novo supercomputador vai custar 20 milhões de euros e terá um contributo da União Europeia próximo de 7 milhões. A velocidade em que girará toda a informação é mesmo enorme, ou seja são 10 Petaflops (Flops-Floating-point operations per second, é um acrónimo usado na computação que determina o desempenho do supercomputador em cálculos científicos), que o torna numa das mais poderosas máquinas da computação no planeta, podendo processar informação até 430 TB de velocidade. Foi concebido e construído pela empresa Fujitsu, a maior empresa japonesa de tecnologias de informação e comunicação (TIC) no mundo.
O Deucalion integra-se na rede de supercomputadores europeia, a cargo da European High-Perfomance Computing Joint Undertaking – a empresa comum europeia para a computação de alto desempenho – com sede no Luxemburgo.
E será utilizado em pesquisas avançadas, no desenvolvimento de recursos energéticos com eficiência tecnológica e na descoberta de medicamentos (na medicina, biotecnologia e farmácia) e até na previsão do tempo.
Segundo a UE, o supercomputador trará benefícios aos cidadãos, pelo papel chave que vai ter na medicina ao contribuir para a descoberta de novos medicamentos, desenvolvimento de novas terapias médicas, satisfazendo necessidades individuais, prevendo-se que possa contribuir fortemente no combate ao cancro, nas doenças cardiovasculares e até na doença de Alzheimer, e em desordens genéticas. O supercomputador já esteve envolvido no combate à covid-19 e poderá ter um papel chave em futuras epidemias. Também, na ciência os supercomputadores terão influência decisiva.
O Deucalion ajudará ao desenvolvimento de aplicações industriais em muitos domínios: sistemas de energia amigas do clima, energia de sistemas em bioengenharia, medicamentos e design de materiais. Sendo esperado um contributo forte na indústria aeroespacial e no design de novos produtos, na competitividade, eficiência e na redução de custos.
A União Europeia tem uma carteira de investimentos de 8 biliões de euros em supercomputação de modo a ficar na linha da frente em sistemas e infra-estruturas de computação. Conta com o interesse e colaboração de privados que participarão com cerca de 420 milhões de euros, no desenvolvimento deste processo, no período de 2021-2027, cujos instrumentos de realização são o Horizont-Europe (H-E) e o Digital European Programme (DEP) que se incluem no orçamento multi-anual da UE.
Espera-se que a supercomputação traga benefícios, enquanto ferramenta crítica, para a compreensão e resposta a complexos desafios, num processo de transformação que gerará oportunidades de inovação.
Para além de Portugal, a UE também investirá em mais seis “EuroHPC supercomputers” já adquiridos e que vão funcionar nos seguintes centros: Sofiatech na Bulgária, IT4Innovations National Supercomputing Center na República Checa, CINECA na Itália, LuxProvide no Luxemburgo, IZUM na Eslovénia, e no CSC – IT Center for Science localizado na Finlândia.
Em Portugal, o Deucalion será gerido pelo Minho Advance Computing Center, da Universidade do Minho num processo colaborativo com o Município de Guimarães, ficando instalado no Avepark na freguesia de Barco.
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