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Sexta-feira, Janeiro 31, 2025

Vimágua: Hugo Ribeiro diz que “esta empresa tem sido mal gerida”

Economia

O vereador do PSD leu a informação do Fiscal Único sobre a situação financeira da Vimágua e afirmou, sem dúvidas: a empresa “tem grandes dificuldades de se financiar no mercado como qualquer outra; a sua situação económico-financeira é frágil e a solução para a sua sobrevivência foi a de obter um empréstimo a longo prazo (30 anos) da Câmara como perdão de uma dívida”.

Hugo Ribeiro defende que “temos vindo a alertar para esta situação”, isto é, a Vimágua “tem sido mal gerida”, num cenário e contexto de monopólio, pois, é a única a vender água para consumo. Mesmo assim “apresenta rácios que a colocam numa situação muito frágil”.

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Tendo em conta que “estes valores não são suficientes para que o parecer do Fiscal Único seja negativo”, o vereador defende que “é preciso saber ler os números, porque entre o aceitável e o óptimo há muitas nuances”. Justifica que “no caso da Vimágua, a situação económico-financeira não é insatisfatória, mas está longe de ser óptima, como as condições em que opera exigiriam que fosse”.

Com mais pormenor, e sempre com base nas informações do Fiscal Único, sustenta que “os indicadores de liquidez estão muito baixos”, pois, “uma liquidez geral de 0,70% significa que os activos circulantes da Vimágua cobrem apenas 70% das suas obrigações de curto prazo, o que deixaria qualquer gestor responsável preocupado”.

O social-democrata conclui que “na prática isto significa que a empresa pode enfrentar dificuldades no cumprimento dos compromissos de curto prazo, como pagamentos a fornecedores”. E com uma liquidez reduzida, de 0,66%, “esta situação só contribuiu para reforçar a fragilidade da Vimágua”.

“é uma empresa que precisa do capital de terceiros para financiar as suas operações.”

Explica a sua análise com outros dados, nomeadamente a autonomia financeira de 42,13% “superior ao que é normal entre os 30 e 40%”; e que, face aos números, “esta é uma empresa que precisa do capital de terceiros para financiar as suas operações. Caso as taxas de juro aumentem, ou na eventualidade de um banco não aceitar a renegociação de uma dívida, a Vimágua está em apuros” – reforça.

Vai ainda mais longe, e sustenta que é “uma empresa em risco de insolvência, que só não o é por força do seu estatuto de empresa inter-municipal”.

Neste dramatismo financeiro sobre a situação da empresa de água e saneamento de Guimarães e Vizela, Hugo Ribeiro cita o relatório do Fiscal Único que dá a imagem “de uma empresa com grandes problemas de liquidez e uma enorme fragilidade na estrutura financeira, em especial pela incapacidade de cobrir obrigações de curto prazo e por fazer o financiamento de activos permanentes com recursos de curto prazo”.

Vimágua tem o monopólio da venda de água mas acumula problemas financeiros. © GA!

Aponta como soluções “a redução de custos, uma melhoria das margens e um fortalecimento da liquidez, é uma empresa que apresenta sérios riscos financeiros no curto e médio prazo”.

Depois do chumbo do Tribunal de Contas à pretensão de apagar uma dívida da Vimágua ao Município através do aumento do capital social, da incapacidade de se financiar nos mercados, Hugo Ribeiro conclui que, afinal, “a solução de sobrevivência foi mesmo a de obter um empréstimo a longo prazo (30 anos) junto do Município, em condições que nenhuma empresa conseguiria junto de uma instituição financeira”.

O presidente da Câmara desvalorizou a situação ‘tremendista’ de Hugo Ribeiro… pois, com “a diluição no tempo, da dívida de 9 milhões aos seus sócios, vinda dos tempos em que houve passagem dos serviços municipais para a empresa, para pagar infra-estruturas”, tudo será normal. Domingos Bragança acrescenta que quer o Município de Guimarães quer o de Vizela – os sócios da Vimágua – ao longo dos tempos “foram exigindo mais e mais investimentos, em água e saneamento, para atingir um patamar de 100% nos seus territórios”.

“Se a Vimágua quiser fazer qualquer empréstimo não faltam bancos que o possam fazer.”

Comentou e aceitou a decisão do Tribunal de Contas de “nos termos da lei ter entendido não ser possível a transformação da dívida em capital social”, e deu nota de “se a Vimágua quiser fazer qualquer empréstimo não faltam bancos que o possam fazer”.

Referiu que toda a estratégia financeira da Vimágua tem sido a de se posicionar melhor na corrida aos fundos europeus para os investimentos que tem de fazer. E contrariou Hugo Ribeiro sustentando que a empresa “não tem problemas financeiros e os rácios não estão mal…”.

“Continuo – disse – a ter uma interpretação positiva sobre o papel e o desempenho da Vimágua”, revelando que a empresa tem dado “boas respostas” quando se exige que “estenda as redes de água e saneamento no território para levar água a toda a gente”.

© 2025 Guimarães, agora!


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