Luís Soares destaca trabalho conjunto com a Câmara Municipal
O presidente da junta de Caldelas aposta no relacionamento estreito e participado com a Câmara Municipal como estratégia de conseguir mais investimentos para as pretensões da vila.
Guimarães, agora! – Qual a importância da operação para o desenvolvimento da vila?
Luís Soares – A deliberação do Câmara Municipal de Guimarães é mais um passo importante para o trabalho conjunto que estamos a desenvolver de reabilitação urbana do centro da Vila das Taipas. Depois da definição da Área de Reabilitação Urbana esta operação sintetiza o trabalho desenvolvido e reforça o caminho que queremos fazer ao nível da reabilitação do espaço público e que será indutor do investimento de reabilitação privado e do desenvolvimento da Vila das Taipas.
GA! – Empreendimento de maior destaque listado na mesma, uma de investimento municipal, outra de investimento privado?
LS – A Junta de Freguesia considera que a intervenção no centro da Vila, pela sua amplitude de intervenção e pelo esforço financeiro que a Câmara Municipal de Guimarães pretende realizar é a que terá maior relevo no quotidiano das pessoas. O período da intervenção, de obra será difícil para todos, mas no final estamos certos de que valerão a pena as transformações que serão levadas a cabo. Ao nível do investimento privado a Operação de Reabilitação Urbana permite criar incentivos para a reabilitação do edificado. Destaco os benefícios ao nível do financiamento e ao nível processual e urbanístico, destacam-se também os benefícios fiscais em sede de IVA, IRS e IRC. Em suma com este instrumento e com as ações de reabilitação pública que estão em marcha será ainda mais atrativo investir na reabilitação urbana da Vila das Taipas.
GA! – Concorda com o elenco das acções listadas e se haverá alguma que tenha ficado de fora desta operação?
LS – Este documento foi trabalhado pelos técnicos com a Junta de Freguesia e resulta das opções políticas que estabelecemos para o mandato. Há outras operações fora desta área de reabilitação que devem ser objeto de reflexão futuro. O alargamento do Parque de Lazer e a reabilitação da margem ribeirinha. Trata-se do património natural que não cabe no âmbito deste instrumento que se dirige essencialmente para o espaço público urbano.
GA! – E sobre as áreas contempladas?
LS – Neste documento abordamos as áreas mais sensíveis da Vila das Taipas e as que precisam de intervenção prioritária. O centro urbano (Avenida da República, Rua de Santo António, Rua António Barros), a Alameda Rosas Guimarães que une o centro ao Parque de Lazer e a Zona Ribeirinha). Ou seja neste documento conseguimos abranger o pólo urbano, o pólo de lazer e o pólo termal.
GA! – O espaço temporal definido para a sua concretização merece da sua parte alguma divergência?
LS – Todos queremos que as intervenções possam ocorrer o mais rapidamente possível. São necessárias e esperadas há muitos anos pelos taipenses. Mas compreendemos que intervenções desta amplitude têm tempos próprios. O tempo de pensar. O tempo de fazer o projeto e discuti-lo. O tempo dos concursos públicos obrigatórios e o tempo da execução dos projetos. No final vai valer a pena esperar por estes tempos.
GA! – O que espera da iniciativa privada na concretização desta ORU?
LS – Quero que os privados continuem a fazer o que têm feito nos últimos 30 anos. Que acompanhem o investimento público e se possível que nos ajudem a ir mais longe. Sabemos bem da importância do investimento público, como indutor do investimento privado. Com o centro urbano requalificado, a qualidade de vida aumentará não só no centro, mas na Vila em geral. Haverá mais procura de espaços comerciais, de serviços e de habitação. Nesta justa medida as intervenções programadas e a definição de benefícios fiscais e financeiros constituem excelentes oportunidades de negócios para os privados. A Vila das Taipas sempre foi um território de oportunidades e atrativo para o investimento. Com este instrumento de gestão urbanística assegura-se ainda mais oportunidades.
GA! – E dos proprietários de imóveis na reconversão das habitações mais problemáticas do ponto de vista da edificação e segurança?
LS – No último ano e meio temos vindo a receber em crescendo pedidos de parecer para novas urbanizações e para a requalificação de edifícios já existentes. Este é um bom indicador. O mercado está a responder à crescente procura e o clima é favorável ao investimento. Neste sentido, alguns dos pontos negros que temos no Centro da vila, por se tratarem de edifícios em ruínas, estão já em vias de serem recuperados. Isso satisfaz-nos e acreditamos que com as intervenções que levaremos a cabo essa tendência acentuar-se-á.
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