Os social-democratas fazem um Réquiem pela não entrada de André Coelho Lima na lista de deputados. E candidatam-se a figurantes de uma nova e singular versão do filme “Por quem os sinos dobram” que resulta do romance de Ernest Hemingway, numa adaptação agora rodada em Guimarães.
E convivem com este fenómeno de fulanização partidária, pouco importando o desgaste das suas figuras mais proeminentes, na praça pública.
Agora, foi Bruno Fernandes – à margem e depois da reunião de Câmara – a comentar o rebuliço que agita o PSD depois das escolhas da comissão política sobre quem ocuparia o cargo de deputado.
“Acho incompreensível que as comissões políticas nacional e local não tenham aproveitado a disponibilidade do meu companheiro André Coelho Lima para continuar o excelente trabalho que tem desenvolvido na AR”. Acrescenta, “acho também incompreensível como é que André Coelho Lima foi tratado na sua própria secção”.
Explica que a comissão política, presidida por Ricardo Araújo, aferiu da “disponibilidade” do até agora deputado para continuar. Bruno Fernandes admitiu que ao perceber da disponibilidade e do consenso gerado, que “ela representaria unanimidade”, logo deveria ter sido concretizada.
Declara que “foi com tristeza que vi depois a decisão da comissão política”, notando que “custa-me compreender que o trabalho extraordinário que o André tem feito no país e no concelho, não tivesse tido esse reflexo e tivesse até havido a sua alteração na reunião da comissão política”.
“Fazia todo o sentido que a indicação tivesse sido a sequência dessa disponibilidade demonstrada pelo companheiro André” – destaca ainda Bruno Fernandes, justificando-a com “o trabalho de convergência, de estabilidade, no respeito pela diversidade de opiniões no PSD” que tinha sido feito para unir o partido em torno da candidatura de Ricardo Araújo à Câmara.
Conclui que “não podia ficar indiferente sobre esta temática e dizer que, de facto, ao longo destes últimos quatro anos o trabalho desenvolvido pelo deputado André Coelho Lima, que muito nos honra e era justo que esse trabalho tivesse continuidade”.
Questionado sobre o facto de André Coelho Lima ter aparecido ao lado de Ricardo Araújo vincando o seu apoio como candidato à Câmara, e agora poder dizer que “se sinta traído”, Bruno Fernandes sustenta que tudo seria diferente se o convite a André Coelho Lima depois de ter sido sondado, fosse mesmo concretizado.
“Custa-me perceber que a concelhia tenha seguido outro caminho.”
“O processo estava claro, custa-me perceber que a concelhia tenha seguido outro caminho”, procurando defender que “o foco agora são as eleições legislativas” mas deixando porta aberta a que “os militantes partilhem as suas opiniões dentro e fora do partido”. No futuro, se verá. E se reconhece legitimidade à decisão tomada, “os órgãos próprios analisarão esta questão”.
A valorização da lista – de colocar Ricardo Araújo a nº 2 e a de ter Emídio Guerreiro (5º) na quota nacional não parece ter refreado os militantes de expressarem na praça pública as suas opiniões como se a escolha dos parlamentares fosse um mero ‘concurso de beleza masculina’.
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