A clivagem entre o lado R – de Ricardo – e S – de Sofia – decorrente para as eleições da concelhia, ameaça prolongar-se apesar de algumas tentativas e apelos à unidade da secção.
Esse será o dilema dos socialistas que se agrupam ainda entre as duas candidaturas que a eleição e a decisão dos militantes não esgotou.
Ricardo Costa, depois de ter tomado posse como presidente da Comissão Política, optou por uma via de diálogo com Sofia Ferreira: conversou ao telefone, fez propostas para uma lista conjunta a apresentar no congresso distrital para representar a secção de Guimarães.
Foi isso que deu conta, na sua intervenção de Segunda-feira, na Sociedade Martins Sarmento, depois de assinado o termo de posse. “Unir o PS” foi mote e palavra para dizer que “com atitudes e exemplos claros” quer rumar a uma unidade do partido, que não comprometa o futuro global do PS em Guimarães e o seu posicionamento na sociedade.
Justificou o novo presidente da concelhia que “é fundamental que saibamos acolher e respeitar a vontade dos nossos eleitores – neste caso dos nossos militantes –, com elevação e sentido de compromisso, sem euforias por um lado e sem qualquer ressentimento, por outro”.
Ricardo Costa deu a cara pelo diálogo aos que o acusavam de dividir o partido e ameaçar a gestão municipal, deixando claro que o tempo eleitoral de candidatos, apoiantes e entusiastas é já passado.
“Temos de ser responsáveis com funções atribuídas e partilhadas no objectivo comum de desenvolver o PS, tornando-o cada vez mais num partido mobilizado, forte e coeso para vencer os próximos desafios em nome de Guimarães e dos vimaranenses” – declarou.
Para o novo líder do PS, “só é possível construir 2025 com todos”, deixando claro que “o desafio de unir exige abertura de quem lidera, mas também a disponibilidade e a entrega de cada militante”.
Vincou, entretanto, de forma clara o seu lamento pelo facto de “a camarada Sofia Ferreira ter recusado” construir uma lista única, agregadora e representativa da concelhia de Guimarães para concorrer ao congresso da Federação Distrital de Braga do PS, postura e posição que obrigarão ao fraccionamento e a um novo acto eleitoral disputado, num momento em que os militantes acabaram de decidir o futuro da concelhia.
“Hoje sou o presidente da concelhia, mas sou-o porque nunca abdiquei de ser socialista”.
“Não posso terminar sem recordar que hoje sou o presidente da concelhia, mas sou-o porque nunca abdiquei de ser socialista e é essa a condição comum que nos aproxima e nos une, somos nós – militantes – que escolhemos o caminho do PS e somos nós – vimaranenses – que escolhemos o futuro de Guimarães”, acentuou Ricardo Costa.
O Partido Socialista de Guimarães conheceu os novos dirigentes, numa reunião após a escolha dos militantes e elegeram para a Mesa da Comissão Política José Fernandes como presidente e Diana Silva e Lucinda Oliveira como secretárias.
Também, o Secretariado, órgão executivo do Partido Socialista, foi eleito pelos militantes e é composto por Cidália Pereira, Conceição Castro, Elisabete Castro, Francisco Teixeira, Patrícia Ferreira, Paulo Renato, Sérgio Gonçalves, Sérgio Silva, Raul Rocha e Vítor Oliveira e o próprio líder da comissão política.
📸 PS Guimarães
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