Os militantes do CDS-PP rumam à cidade-berço, no fim de semana, para um congresso nacional que pode ser histórico.
A escolha de Guimarães para a magna reunião dos democratas-cristãos e centristas não é ingénua. Nem aleatória. Para além de resultar de uma pretensão da concelhia local, a aceitação da cidade-berço era a única que podia, dar, “num momento particularmente difícil, a necessária simbologia nacional, que despertasse as consciências dos militantes” – sublinha Nuno Vieira e Brito, dirigente local.
Ao mesmo tempo, num local histórico, a ideia seria a de proporcionar aos militantes “uma reflexão profunda, e uma avaliação sobre que contributo poderiam dar ao partido e fundamentalmente ao país”.
Nuno Vieira e Brito sabe que “de Guimarães começou a erguer-se um país pelo que, também de Guimarães, pretendemos que se reerga um partido com uma ideologia cada vez mais necessária a Portugal e aos portugueses”.
Para o CDS-PP, a cidade nunca foi palco escolhido para uma iniciativa como o congresso partidário, ao contrário, do que já fizeram PS e PSD. Nuno Vieira e Brito acredita que “talvez tenha sido guardada para este momento, dado terem existido candidaturas de concelhias anteriores”.
E sublinha que “à nossa dimensão, com o enorme apoio da organização do Multiusos iremos simultaneamente mostrar aos mais de 1400 congressistas que a nossa cidade tem estruturas para acolher estes eventos e, simultaneamente, dar a conhecer melhor aos vimaranenses as nossas propostas políticas”.
“O que se pretende é um partido que seja útil à sociedade, que se preocupe com o social e desenvolva o económico”.
Interrogado sobre o que espera venha a resultar do conclave de Guimarães, Nuno Vieira e Brito espera “um CDS reforçado mas não regressado às origens”. E explica que “o momento político do seu nascimento é profundamente actual do presente e o que se pretende é um partido que seja útil à sociedade, que se preocupe com o social e desenvolva o económico, que prima a liberdade e não se refugie em sectarismos, que caminhe junto com a juventude e proteja os mais vulneráveis, que reflicta sobre o despovoamento e os desequilíbrios regionais, que recuse a intolerância, a injustiça e nos quebre desta triste sina de empobrecimento nacional” – concluiu.
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