O vereador do PSD, Bruno Fernandes confrontou Domingos Bragança – e a sua ideia de fixar uma ligação a Braga através do BRT – projecto que se enquadra no acesso à linha de alta velocidade, com o voto favorável do PS (e Ricardo Costa) numa proposta do BE que manda o Governo fazer estudos sobre uma hipotética ligação em ferrovia tradicional que ligue as duas cidades.
Tendo-se colocado ao lado de Domingos Bragança – e do PS Câmara – na ligação por BRT (Bus Rapid Transit) a Braga, o PSD – e Bruno Fernandes – entendem que esta decisão tomada em sede de discussão do Orçamento Geral do Estado 2025 – não ajuda à decisão do Governo – e do Ministro das Infraestruturas de avançarem com o financiamento desta ligação.
E pode atrasar ainda mais o processo do BRT que pode entrar numa ‘fase de leilão’ com a ferrovia pesada.
O BRT já foi objecto de estudos – por Álvaro Costa que tem colaborado com o Município em questões de mobilidade – e do professor da UMinho, José Mendes, cujo relatório preliminar foi dado a conhecer na reunião de Câmara de 10 de Novembro de 2022.
Quando o processo parecia estar em velocidade de cruzeiro – depois de reuniões entre o presidente da Câmara e o Ministro das Infraestruturas e Habitação – eis que surgem estas posições protagonizadas pelo presidente da concelhia da secção de Guimarães do PS; e de já antes Duarte Cordeiro, então Ministro do Ambiente (do Governo de António Costa) ter atribuído um milhão de euros para fazer esses estudos, o vereador do PSD veio, agora, denunciar esta dupla posição de Ricardo Costa como um “factor perturbador” no andamento de um investimento que se perde no tempo.
Bruno Fernandes considerou que com esta posição do PS numa proposta que há-de ganhar força de lei quando publicada com a Lei do Orçamento, como um contributo forte para uma discussão ad aeternum sobre que tipo de ligação serve Guimarães e Braga.
E lembrou que do lado de lá… Braga já arrancou com as obras do BRT num processo que, afinal, tem o acordo dos presidentes das Câmaras das duas cidades.
Domingos Bragança mantém, contudo, a sua posição de defesa do BRT na base de estudos feitos mais remotamente no tempo do Ministro Matos Fernandes e mais recentemente do professor José Mendes, uma solução que evoluiria depois transmitindo-se ao Quadrilátero Urbano, a Famalicão e Barcelos.
Admitiu que esta solução, na sua totalidade e com material circulante pode atingir os 600 a 700 milhões de euros, ainda para mais quando a plataforma onde assentará o BRT terá de ter uma quota que permita migrar para o metro ligeiro de superfície.
E só terá o apoio do Ministro Miguel Pinto Luz com projectos na mão…
Também, no âmbito da Capital Verde Europeia (CVE), a questão da mobilidade é essencial e um compromisso de Guimarães. Lembra o presidente da Câmara que a mobilidade urbana sustentável é fundamental para o sucesso da CVE por ser “o caminho certo”, não para “o ciclo do presidente da Câmara que se esgota” mas para “o ciclo de Guimarães que perdura no tempo”.
“Se quiserem a ferrovia pesada… a Câmara não tem esse projecto.”
Evidenciando, de forma clara, que a Câmara tem outros projectos para o concelho – que não os ditados pelas sedes dos partidos em Lisboa ou em Guimarães, Domingos Bragança, ao jeito de quem pouco se importa com isso, foi dizendo que “se quiserem a ferrovia pesada… a Câmara não tem esse projecto”.
Lembra que para o Município de Guimarães, o importante da ferrovia é a ligação a Lordelo e depois ao Porto e a duplicação dessa linha. “Não é para se fazer em um ou dois anos mas é uma ligação importante que é possível de se concretizar”.
Não deixou de ironizar, nesta questão: “se um deputado do PS acha que é importante a ferrovia para ligar Braga a Guimarães… é tudo a somar, estamos no melhor de dois mundos, haja dinheiro para tudo”.
Mas logo a seguir avisou… desde que “não se ponham em causa as obras estruturantes para Guimarães”. E o BRT “já foi aprovado pelos órgãos competentes do Município” – sublinha.
Concluiu, esclarecendo que “os projectos não estão a abrandar… estão a acelerar”!
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