Assumir-se como Euro-região é o objectivo estratégico do Eixo Atlântico que não esquece o seu passado assente na cooperação transfronteiriça.
O Eixo Atlântico agrupou, ao longo de 28 anos, os municípios transfronteiriços do norte de Portugal e da Galiza. Na última assembleia geral, realizada, hoje, em Lugo, os 39 municípios e deputacións que a compõem actualmente, decidiram fazer evoluir a associação para uma nova forma de desenvolvimento local conjunto entre as cidades do Norte de Portugal e da Galiza.
O objectivo central é fazer do Eixo Atlântico uma forte e robusta Euro-região, mais compacta e mais ambiciosa nos seus propósitos e objectivos. O primeiro passo foi dotar a estrutura com cinco comissões políticas, de modo a desenhar a nova fase de desenvolvimento e adaptação a uma nova era pós-pandemia. O facto de ser a terceira zona mais povoada da Península Ibérica e a 10ª da Europa, com 7 milhões de habitantes, o Eixo Atlântico pretende ter uma estratégia conjunta na regeneração urbana, inovação, sustentabilidade economia e na política social.
“Trabalhamos numa estratégia que busca um desenvolvimento social-económico baseado na inovação, sustentabilidade e solidariedade social…”
O Eixo alcançou o recorde de cidades associadas do Norte de Portugal e da Galiza, 39 no total, em 2021, o que confere uma escala com dimensão regional, nacional e europeia, de modo a influenciar um crescimento compacto para um desenvolvimento conjunto, que beneficie e alcance os apoios da UE para a sua política regional. O Eixo Atlântico não deixa de formar um sistema urbano conjunto, único na Europa, aglutinando as cidades do Norte de Portugal e as deputacións da Galiza, que já convivem há quase três décadas, desejando afirmar-se num território sem fronteiras, como defendeu, Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga que assume, no presente, a presidência do Eixo Atlântico. “Trabalhamos numa estratégia que busca um desenvolvimento social-económico baseado na inovação, sustentabilidade e solidariedade social” – disse o autarca bracarense.
Por seu turno, Lara Méndez, vice-presidente do Eixo e Alcaldesa do Concello de Lugo considerou importante e fundamental que o Eixo Atlântico assuma “a coesão social e territorial, sobretudo entre o litoral e o interior”, como um forte pilar dos objectivos da associação, a par das “infraestruturas que desempenham um papel decisivo no ordenamento do território”.
O Eixo Atlântico é uma organização integrada por 39 cidades da Região Norte de Portugal e da Galiza, independentes dos seus estados e autonomias. Nasceu em 1992 por impulso dos então presidentes de Porto e de Vigo. Em 1995, era integrada por 13 municípios portugueses e galegos e, desde então, verificou-se um aumento de 200% dos seus integrantes para cooperarem em projectos transfronteiriços. O secretário-geral do Eixo, Xoán Vázquez Mao, considera que o passo dado nesta assembleia “marca uma nova etapa, a quarta nos 29 anos de história do Eixo, mas talvez a mais determinante pelas circunstâncias actuais e pelo que vão representar no futuro próximo, uma etapa na qual pretendemos atingir em dez anos a renda média da EU”.
O Eixo aprovou um orçamento operacional de 4 milhões de euros, para 2021, sendo 84% destinado a programas de desenvolvimento conjunto.
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