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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

MIT Portugal: uma aposta no reforço da estrutura científica e tecnológica nacional

Toda a estratégia 2030, do programa MIT Portugal, passará a ser operacionalizada, a partir do quartel-general, instalado, no campus de Azurém, da Universidade do Minho, há mais de dois anos e que agora funciona à entrada da nave principal, num espaço renovado.

Quando o programa MIT Portugal está a três semanas de completar os 14 anos do seu nascimento, Pedro Arezes, director nacional, congratula-se com as novas instalações que a UMinho lhe oferece, à entrada da nave principal, e que foram remodeladas pela “criatividade” da arquitecta Maria Manuel Oliveira e da sua equipa da Escola de Arquitectura.

O também presidente da Escola de Engenharia da UMinho, sabe que o novo espaço servirá para operacionalizar a estratégia 2030 desta parceria que envolve o MIT – Massachusetts Institute of Technology, o governo português, várias empresas e outras universidades para além de UM, bem como centros de investigação, unidos na “estratégia que tem colocado Portugal na rota principal da investigação científica”.

O “MIT Portugal program” nasceu por acordo com o governo português, quando Mariano Gago era Ministro e a partir daí a investigação científica sofreu um forte impulso e desenvolvimento. Também, agora se celebram os 25 anos da criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, momentos “simbólicos” que evidenciam o novo olhar que o país passou a dedicar à ciência e tecnologia e ao ensino superior.

© Direitos Reservados

A inauguração das novas instalações coincidiu com a reunião onde se discutiram os sete projectos bandeira, lançados no âmbito desta parceria, em domínios distintos como o clima, espaço, oceanos, transformação digital, cidades sustentáveis e ciência de dados. Estes projectos representarão um investimento de 15 milhões de euros nos próximos três anos e serão “a espinha dorsal do MIT Portugal” que o seu director nacional deseja “não se esgotem no seu término mas sejam sementes para o estabelecimento de redes e parcerias que visem ser competitivos a outros níveis, captando financiamento europeu ou norte-americano, quer público quer privado”.

Lideram estes projectos empresas portuguesas como a NOS, Efacec, Zenithwings, Ubiwhere, Stratosphere, DSTelecom e Edisoft, em parceria com entidades de excelência do sistema científico e tecnológico, instituições de investigação de universidades de todo o país.

O director nacional do MIT Portugal acredita que estes projectos representam “um passo relevante para a internacionalização e fazer o reforço da estrutura científica e tecnológica nacional”.

“Portugal atrai mais jovens para investigação e a inovação…”

Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sublinhou a importância da parceria que junta o MIT Portugal, governo, empresas e universidades, como essenciais “ao crescimento económico e para a criação de empregos melhor remunerados”, numa altura em que “Portugal atrai mais jovens para investigação e a inovação” e se nota “uma crescente competição internacional pelos recursos humanos”, assinalando que “a colaboração com os Estados Unidos da América assume relevância particular”.

Declarou ainda que “será nas Universidades onde temos, cada vez mais, de aprender a viver com o risco”, enaltecendo a importância destas parcerias.

Destacou ainda que importa alavancar “novo relacionamento entre as agências espaciais e a UE”.

O Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, referiu que “a missão inalienável das instituições no desenvolvimento de uma economia social” e do papel de agente de desenvolvimento “fazem das universidades, actores fortes do desenvolvimento do país e das regiões”. E considerou que a parceria com o programa MIT Portugal “tem custos positivos no ensino e na ciência e com forte impacto na economia”, sublinhando “o alinhamento de objectivos” na sua concretização.

© 2020 Guimarães, agora!

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