Fortalecer a colaboração entre as empresas vimaranenses e os centros de investigação e desenvolvimento do território, sobretudo os que resultam do trabalho que a Escola de Engenharia da UMinho tem vindo a desenvolver em Guimarães, foi um propósito vincado na reunião do conselho consultivo para o investimento e emprego.
O presidente da Câmara, Domingos Bragança, reiterou a necessidade de ter em Guimarães um tecido económico de base tecnológica, capaz de criar valor acrescentado. Por aí começará a introdução do conhecimento gerado nas universidades e nos seus centros de investigação e desenvolvimento.
Também defendeu a diversificação sectorial, agregando a saúde e alargando à robótica, à inteligência artificial a especialização de uma economia mais forte e mais diversa, na energia verde ou nos novos materiais.
Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, deu nota das áreas em que se poderá intervir, em ordem a criar um eco-sistema empreendedor emergente. As tecnologias sustentáveis, indústria 5.0, IA, robótica, manufactura aditiva, informática, saúde e bem-estar, educação e formação são áreas nucleares e que permitirão ter “uma cultura de inovação, inter-disciplinaridade, parcerias com a indústria, espírito empreendedor e aprendizagem prática”.
Raúl Fangueiro, vice-presidente da EEUM, e presidente da direcção da Fibrenamics, fez uma apresentação da instituição a que preside, um Instituto de Inovação em Materiais Fibrosos e Compósitos que é uma interface da Universidade do Minho, sendo reconhecida pela ANI – Agência Nacional de Inovação como um CTI – Centro de Tecnologia e Inovação.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, assinalou que a universidade vai ensaiar novas formas de relacionamento com a sociedade. O objectivo é ter uma universidade sem muros, capaz de se abrir e de se deixar contaminar por novas ideias e novos olhares sobre a realidade.
Pedro Cunha, presidente da Unidade Local de Saúde do Alto Ave, apresentou as ideias subjacentes à realização do denominado protocolo de colaboração para o desenvolvimento da saúde, tecnologias da saúde, investigação clínica e translação e cujos objectivos resumiu. Um deles é conduzir à inovação no SNS, criando a excelência nos serviços de saúde, desenvolvendo a investigação e garantindo a classificação da ULS como universitária.
Sobre o protocolo que na prática visa constituir um HUB de Saúde em Guimarães, sustentado no tecido empresarial assente em soluções de I&D racionais, bem como desenvolvendo iniciativas de conhecimento estruturado da população e das suas necessidades, bem como das instituições e das suas carências funcionais, através da utilização de estratégias de análise de Big Data e da aplicação de estratégias de inteligência artificial, que permitirão uma melhoria contínua dos serviços prestados ao cidadão e uma adequação da oferta de produtos e de estratégias de saúde pública.
Domingos Bragança enfatizou a importância da criação de um HUB de Saúde, capaz de aproveitar a investigação existente nos centros de saber, nomeadamente no I3B’s, sediado no AvePark, para a diversificação e robustecimento da economia vimaranense.
Assinaram o protocolo as seguintes entidades: Município de Guimarães, Unidade Local de Saúde do Alto Ave, Universidade do Minho, Expertissues – European Institute of Excellence on Tissue Engineering and Regenerative Medicine, A4TEC – Association for the Advancement of Tissue Engineering and Cell based Technologies & Therapies, PtCRIN – Rede Portuguesa de Infraestruturas de Investigação Clínica, Hydrumedical, Stemmatters, Biotecnologia e Medicina Regenerativa, José Júlio Jordão, Mundifios, AMF Safety Shoes, Lameirinho – Indústria Têxtil, José Neves & CIA, Sebastião & Martins, Têxteis JF Almeida, Vizelpas, Flexible Films, Soguima, JOM Lda, Kyaia – Fortunato O. Frederico & Cª, Lasa – Armando da Silva Antunes, Petrotec – Inovação e Indústria.
© 2024 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.