A J. Pereira Fernandes vai produzir lençóis com fibra de banana e a JF Almeida prepara um lençol que substitua o Xanax, derrotando o stress e estimulando uma boa noite de sono.
Estes dois casos que vão de encontro a dois dos temas da própria Heimtextil, são um bom exemplo de como se inova em Guimarães em matéria de têxtil-lar.
Um sector onde os empresários procuram surpreender o mercado com novos produtos, explorando a ligação com a natureza e incorporando fibras tradicionais, criando produtos sustentáveis e inovadores.
Este esforço significa que o têxtil-lar é um dos que mais agarrou a inovação e um sinal de que ninguém atira a toalha ao chão quando se alteram os custos de contexto, por subidas abruptas no preço da energia ou quando a administração municipal demora tempo a viabilizar projectos em que o tempo, para além de dinheiro, significa retardar o inevitável.
Ou seja, a comunidade do têxtil-lar em Guimarães e na região não pára de investir, estudar e adaptar-se a um contexto económico difícil, defrontando os problemas e encontrado soluções.
Já há algum tempo que a indústria do têxtil-lar assumiu o compromisso de contribuir para a sustentabilidade do planeta, substituindo processos de produção e incorporando novos materiais – naturais – no seu portfólio de artigos para a casa.
Os lençóis de fibra de banana ou ananás seguem a produção de uma toalha de mesa com fibras de cânhamo. E uma forma de assinalar a criação da empresa pelo chefe da família João Pereira Fernandes, em 1933.
Apesar de a adição destas fibras a novos artigos ter um acréscimo de custos na ordem dos 10 a 15%, a empresa não perde o norte na satisfação de um mercado exigente como é o da América do Norte onde faz 55% das suas vendas.
Já na Têxteis JFA, Joaquim Almeida ironiza quando fala deste novo produto, um lençol anti-stress, que bem pode substituir o Xanax.
A linha de cama anti-stress, denominada de Envigorated, tem um acabamento de iões negativos que induz tranquilidade e uma sensação de bem-estar, permitindo um sono mais repousante.
Joaquim Almeida que, em 1979, fundou um dos grandes grupos têxteis da actualidade, também pensa em novas conquistas de mercados com valor acrescentado. E a América está no horizonte destes novos produtos, diminuindo a exposição ao mercado europeu.
Neste plano de diversificação da gama de produtos – até agora constituída maioritariamente por felpos e atoalhados – os lençóis anti-stress estão apontados ao mercado dos Estados Unidos e do Canadá.
“Estamos preparados para corresponder a grandes encomendas”.
“Sabemos que vai demorar o seu tempo, mas estamos preparados para corresponder a grandes encomendas”, afirma o primeiro responsável da JF Almeida, empresa que investiu 25 milhões de euros no aumento em 30% da sua capacidade de tecelagem, ao investir na compra de teares com tecnologia de ponta, em novos acabamentos e na transição energética.
Moderamente optimista sobre o ano de 2023, Joaquim Almeida vai à luta, de novo, para manter os resultados do grupo e reganhar posições de negócio abalados pela pandemia e lutando contra todo o tipo de custos de contexto que se tornam num calcanhar de Aquiles do mundo económico.
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