As empresas portuguesas, estão prestes a desmontar a logística em Frankfurt. A primeira feira do ano – e única para algumas empresas – ainda não tem um balanço final mas há já uma certeza: na luta pela sua afirmação no contexto do comércio internacional, todas elas cumpriram a sua parte.
Se os visitantes – alguns já clientes fiéis – e outros potencialmente interessados nos produtos portugueses de têxtil-lar, foram suficientes para construir uma carteira de negócios para o semestre, as dúvidas estão a par das expectativas, até porque os empresários vimaranenses, olham para a conjuntura internacional, de forma algo negativa e desconfiam do que pode surgir no imediato.
Repetindo, as empresas cumpriram a sua primeira meta, a de marcar presença no maior certame do mundo, mostraram o seu portfólio de produtos, evidenciaram que na sua concepção há uma vertente ambiental a apontar para produtos mais sustentáveis, alguns dos quais a incorporarem matérias recicladas e produtos amigos do ambiente, como resposta a uma exigência de defesa e preservação do planeta. E como mostra da inovação com que querem competir nos mercados tradicionais. Por outro lado, as suas equipas comerciais, não se pouparam a esforços para com um atendimento personalizado, conquistar novos clientes.
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Alguns, destes homens e mulheres, mostram-se extenuados pela suas tarefas mas também por não terem luz natural, nesta semana, de intensa “luta” comercial, pois, desde Terça-feira, entram de noite e saem já de noite da Heimtextil. A Messe de Frankfurt já fez contas aos números dos visitantes e mesmo sabendo que ainda falta um dia para a feira fechar as portas, os números podem não ser os esperados e podem ficar aquém dos 67 mil visitantes previstos. Uma certeza também medida pelo movimento nos corredores interiores da feira, que ligam os diversos pavilhões, onde há empresas a mostrar os seus produtos.
Aliás, há visitantes profissionais que não se deslocaram à Heimtextil por razões tão diversas: uns porque a feira ainda coincide com o dia de reis não apenas para espanhóis mas é também época de Natal para os russos e para os ortodoxos, por exemplo; outros – da América e do Canadá – que temem retaliações por causa da morte do general iraquiano Soleimani.
O que é certo é que Portugal voltou a recuperar uma posição no top 10 de expositores. A China continua a demonstrar a sua potencialidade económica com 561 empresas; segue-se a Índia com 404, a Turquia com 304. Estes três países têm mais empresas presentes em 2020 do que em 2019. A Alemanha é o quarto país com mais expositores (mas com menos do que no ano anterior), o Paquistão tem 230, a Itália está em 6º, a Espanha em 7º, a França em 8º e Portugal em 9º, sendo o último (10º) lugar do top 10 pertencente ao Reino Unido. Curiosamente todos estes países europeus baixaram em número de expositores, em relação a 2019. Recorde-se que na Heimtextil deste ano, estavam inscritos 2952 expositores contra 3012 do ano passado, num universo com o mesmo número de países representados (65).
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