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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Calçado: registo positivo no final de 2021

Portugal exportou, até Outubro, 58 milhões de pares de calçado, no valor de 1.409 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 9% face ao ano anterior.


A indústria portuguesa de calçado regressou, em 2021, a um registo positivo. Até Outubro, Portugal exportou 58 milhões de pares de calçado, no valor de 1.409 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 9% face ao ano anterior.

“A Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, acolhendo 49 milhões de pares (mais 10,3%), no valor de 1.151 milhões de euros (acrescimento de 9,2%). Nota de franco destaque para o bom desempenho na Alemanha, com um crescimento de 23,4% para 331 milhões de euros. No plano oposto, o mercado francês continua a evidenciar sinais de uma recuperação muito lenta, assinando-se um decréscimo de 1,1% para 281 milhões de euros” – refere nota da APPICAPS.

Para além do espaço comunitário, as vendas para o Reino Unido aumentaram 12% atingindo 84 milhões de euros. Já as exportações para os USA aumentaram 12,8% chegando aos 60 milhões de euros. Austrália (mais 44% para 7 milhões de euros), China (mais 4,6% para 16 milhões de euros), Hong Kong (mais 24,5% para 2,6 milhões de euros) e Israel (mais 26,7% para 2,2 milhões de euros) também revelam sinais de recuperação.

“Todos os indicadores, sugerem que o sector do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”.

“O ano de 2021 foi já, como se esperava, de recuperação do sector”, destaca Paulo Gonçalves. “Em vários mercados – continuou – foi já possível chegar a níveis anteriores aos da pandemia”. Ainda assim, de acordo com o porta-voz da APICCAPS a “recuperação será mais lenta do que desejamos”, uma vez que “todos os indicadores, sugerem que o sector do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”. No caso português, “há a expectativa de que conseguimos atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.

Esperança em 2022

O sector do calçado evidencia sinais animadores para 2022. “No entanto, continuamos muito dependentes de várias variáveis que não dominamos: a evolução da pandemia, o processo de vacinação é mesmo, recorrente destes últimos 18 meses loucos, do aumento dos custos das matérias-primas e mesmo as dificuldades ao nível do seu abastecimento. A capacidade de resposta integrada (dos materiais ao calçado final), pequenas séries, proposta criativa de valor, nomeadamente no domínio da sustentabilidade, são alguns dos principais argumentos que têm aumentado a procura pelas empresas portuguesas” concluiu o porta-voz da APICCAPS.

Também o sector de componentes para calçado e de artigos de pele terminaram o ano de 2021 em terreno positivo. No que se refere ao sector de componentes, as exportações cresceram até Outubro 16% para 41 milhões de euros. Determinante para esse registo foram os acréscimos na Alemanha (mais 17,4% para 11 milhões de euros), Espanha (mais 18,8% para 6,7 milhões) e França (mais 7,5% para 6,5 milhões).

Já o sector de artigos de pele, continua a dar sinais de franco crescimento nos mercados externos. Nos dez primeiros meses de 2021, as exportações aumentaram 25,5% para 156 milhões de euros.

📸 GA!

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