São mais de uma centena as empresas de calçado que se comprometem a trabalhar e contribuir para as metas definidas pelas Nações Unidas e Europa.
O comissário europeu do Ambiente Virginijus Sinkevičius, está no Porto para testemunhar a assinatura deste compromisso por parte das empresas que integram o Cluster de Calçado e Artigos de Pele em Portugal.
E começou por Guimarães uma visita que mostrou a Kyaia – uma das subscritoras do compromisso – por dentro, como bom exemplo de boas práticas e da ambição nacional de ser uma referência internacional e reforçar as exportações, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva.
A APICCAPS e o Centro Tecnológico do Calçado assumem que o cluster devem “assumir a sustentabilidade como um dos pilares que nos tornará uma referência internacional da indústria”. E por isso, dão conta pública de que há muitas empresas e empresários empenhados na sustentabilidade da produção de sapatos em favor de um planeta mais livre.
Virginijus Sinkevičius, testemunhará esta manhã, este compromisso, numa cerimónia que começou esta manhã, no Palácio Cristal, no Porto.
E ao assinar o Compromisso Verde as empresas comprometem-se a trabalhar e contribuir para as metas definidas pelas Nações Unidas e Europa de um planeta com saldo nulo de emissões de carbono em 2050 e uma redução para metade em 2030.
A associação recorda que é o próprio sector e cluster a acompanhar o aumento da importância do tema da sustentabilidade.
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O Plano de Acção para a Sustentabilidade, foi lançado em 2019, o PRR financiou o projecto BioShoes4All para alavancar a transição para a economia bio sustentável e circular, entre 2021 e 2022 e o Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030, no qual a preocupação com a sustentabilidade está subjacente a todas as propostas apresentadas, foi apresentado em Dezembro passado.
“Torna-se fundamental uma cooperação mobilizadora entre empresas, clientes, entidades.”
“Tratando-se de um tema muito amplo e técnico, torna-se fundamental uma cooperação mobilizadora entre empresas, clientes, entidades e todas as empresas do cluster são convidadas a assumirem o Compromisso Verde do Cluster de Calçado”, considera o presidente da APICCAPS, Luís Onofre.
Por esse motivo “todo o cluster do calçado foi convidado e chamado a contribuir para a sustentabilidade ambiental do planeta, desenvolvendo e inovando nos produtos e processos, aumentando a sua eficiência global e circularidade, sendo inclusivo e competitivo”.
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As empresas do cluster do calçado e artigos de pele serão inicialmente sujeito à “realização de um diagnóstico inicial” que dará, posteriormente, à “definição de um plano de acção individual” que, em função da situação específica de cada empresa, determinará as acções a desenvolver em matérias como o ecodesign, os métodos para a selecção dos materiais, a redução dos desperdícios, a produção e utilização de energias verdes, ou a implementação de novos modelos de negócios que reduzam a utilização de materiais virgens ou reutilizem materiais de fontes renováveis ou recicladas. Ao longo do processo, proceder-se-á ao “apoio à monitorização e à implementação dos planos de acção”.
Para Reinaldo Teixeira, presidente do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, “os desafios e as oportunidades com que o cluster está confrontado em matéria de sustentabilidade são de grande relevância e complexidade. Se não respondermos de modo adequado, as crescentes exigências regulamentares e a atenção que os consumidores dedicam a este tema podem ser uma séria ameaça para o nosso cluster”.
A APICCAPS estima que nesta fase inicial mais de 100 empresas, responsáveis por 800 milhões de euros de exportações, subscrevam este “Compromisso Verde”.
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