Um golo marcado, numa exibição ao seu estilo, foi suficiente para resistir ao assédio do Marítimo e assim justificar o triunfo numa partida nada fácil.
O triunfo do Vitória sobre o Marítimo foi obtido com algumas dificuldades. A consistência e a capacidade de sofrimento da equipa, voltou a ser posta à prova, com êxito. Quaresma coloca a bola onde quer, uma, duas, vastas vezes. Hoje, de forma irrepreensível, de cruzamentos sucessivos, de qualidade, alguns tirados com adversários por perto.
A transformação de cruzamento em golos, se concretizada a preceito poderia ter levado o Vitória para um triunfo inusitado quando ainda só estavam jogados cerca de 20’ de jogo. O Marítimo tentou e cedo desejou assustar o Vitória em dois ou três lances logo que o árbitro deu por iniciada a partida.
©LPFP LUSA
Quaresma levantou a bandeira da conquista e começou a “bombardear” a área da equipa madeirense com inúmeros cruzamentos. Rochinha foi o mais solicitado para dar seguimento à intenção do extremo. Foi algo que se repetiu, sem êxito. O mesmo aconteceu ao Marítimo, em que uma vez dois avançados seus, com Trmal fora da baliza, não aproveitaram um cruzamento da direita, na que foi a tentativa mais flagrante para marcar.
Mas o jogo, na primeira parte, não foi apenas a história de situações falhadas, de remates imperfeitos. Houve equilíbrio, entrega e um estilo de jogo algo idêntico, de bola sobre o relvado, sem pontapé para a frente.
O Vitória haveria de deixar o balneário, ao intervalo, e encontrar a solução para ganhar o encontro. Quaresma voltou a cruzar com Rochinha a rematar forte. O guarda-redes do Marítimo defendeu para a frente e Estupiñán não hesitou em rematar, de primeira, na zona do penalti, sem adorno algum. Uma jogada bonita.
Houve mais tentativas para marcar, pelos remates feitos, com o pé e com a cabeça mas a jogada bonita do golo haveria de ficar para mais tarde recordar e na história do jogo pela intervenção de um trio de artistas que não cantando música sabem jogar à bola com arte.
Notas artísticas:
- Quaresma mostra que “velhos são os trapos” alardeia qualidade em cada cruzamento que faz, com intenção, com arte, e com eficácia;
- Óscar Estupiñán voltou a demonstrar que fareja o golo e não falhou na primeira oportunidade para rematar, de primeira e com êxito;
- Rochinha deu nas vistas e poderia ter brilhado se concretizasse outros passes de Quaresma;
- Este trio produziu a jogada de um dos golos mais simples da equipa neste campeonato, em três remates;
- Trmal revelou-se, mais uma vez, promessa na baliza mantendo-a inviolável, substituindo Bruno Varela na perfeição;
- Para além destes solistas de serviço, a equipa do Vitória voltou a evidenciar uma solidez colectiva, num estilo de jogo muito pragmático, com uma eficácia positiva;
- João Henriques tem razão para se mostrar satisfeito com o seu trabalho e como está a construir uma equipa que se afirma também pela capacidade de aguentar o sofrimento imposto pelo adversário;
- Em mais um jogo que passa, o Vitória continua salvo da “arbitrariedade” dos homens do apito, o que é bom para o futebol e para a transparência que deve existir, de modo a que as classificações sejam espelho da verdade desportiva;
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