Com apoio na rua, com bancadas bem compostas (19982 espectadores presentes), o resultado foi como um almoço indigesto.
O Farense advertiu nos primeiros minutos do jogo, investindo naquilo que o Vitória costuma fazer, jogando em profundidade. Os sinais claros de agressividade junto da baliza de Bruno Varela só podiam ser prenúncio de golo que veio a surgir mais cedo do que se previa.
Bruno Duarte (9’), de cabeça, deu o melhor seguimento ao cruzamento de Pastor, e fez o 0-1. Um balde de água fria numa tarde de calor e num estádio com gente à espera de uma melhor exibição da equipa que apoiam.
José Mota repetiu o que já tinha feito Sérgio Conceição no jogo da Taça de Portugal: ‘emperrar a máquina’ do Vitória da sua habitual dinâmica e do seu estilo de jogo.
Álvaro Pacheco preferiu jogar com Jota Silva ‘preso à posição’ de ponta de lança – o que corrigiu quando Nélson Oliveira (44’) substitui João Mendes por lesão.
João Mendes (20’) fez o 1-1 mas a posição de Jota Silva, envolvido na jogada e em posição irregular, acabou por tirar ao médio vitoriano um golo bonito e bem ao seu estilo, e de que os adeptos já tinham saudade.
Mas o Farense não desistiu de defender… atacando! Lançou o pânico na área perto de Bruno Varela, como já havia feito no primeiro tempo. Por vezes, o Farense atacou com cinco jogadores contra três do Vitória.
E fê-lo de forma insistente numa altura em que Jota Silva se esforçava e tentava arrastar a equipa para o golo, num esforço colectivo com poucos resultados. Miguel Maga (66’) teve a melhor oportunidade mas rematou contra os pés de Ricardo Velho, um experiente guarda-redes do adversário.
A equipa de Álvaro Pacheco nunca recuperou do trauma que foi o golo de Bruno Duarte, mesmo quando insistia em empurrar os algarvios para junto da sua baliza. E as substituições não tiveram efeito nenhum no ânimo da equipa que tinha aqui uma oportunidade enorme para se manter no 4º lugar com os mesmos pontos do Braga.
O Vitória jogou ao jeito de um ‘dia de Lázaro’ – já com a Páscoa distante – afectado pelo calor, sem soluções para chegar ao empate e tentar o triunfo. Foi à força, num esforço final e com alguma sorte que o Vitória justificou a igualdade.
Para recordar, o golo de Jorge Fernandes (90’+6’) que deu o empate e ainda um remate, num lance bonito, de Miguel Maga (85’) que a passe de André André rematou ligeiramente por cima do guarda-redes.
O Farense com três ex-vitorianos na equipa – Bruno Duarte, Marco Matias e Matheus Oliveira – e outro no banco – Neca – justificou a igualdade.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Jorge Fernandes, Borevkovic, Tomás Ribeiro (André André 45’), Afonso Freitas (Miguel Maga 62’), Tiago Silva, João Mendes (Nélson Oliveira 44’), Tomás Händel (Adrián Butzke 69’), Kaio César (Nuno Santos 45’), Jota Silva.
Amarelos: Jorge Fernandes (17’), Bruno Gaspar (99’).
Golos: Jorge Fernandes (96’).
Foto © Vitória SC
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