Foi um bom jogo dentro do campo e com emoção à moda antiga nas bancadas e no banco de suplentes, presenciado por 16 122 espectadores, a maior lotação da temporada.
A equipa do Vitória protagonizou uma história bonita frente ao Sporting num jogo extraordinário que merecia um árbitro de melhor qualidade.
Fábio Veríssimo impôs-se à lei do cartão mostrando nervosismo a mais num jogo cuja emoção foi subindo também em função do que os jogadores conseguiram fazer perto de cada baliza.
Bruno Varela e Adan estiveram em destaque, pelas oportunidades que conseguiram gorar, perante as investidas dos avançados.
Não há dúvida de que houve futebol a sério. E deve destacar-se o modo como o Vitória travou o Sporting adiantando-se mesmo no marcador aos 22’, num golo bonito de Estupiñan numa jogada de classe que envolveu Tiago Silva – iniciou a jogada ainda dentro do meio do campo – André Almeida que fez uma (bonita) recepção com drible, colocou a bola em Rúben Lameiras que disputou com a defesa do Sporting o lance já à entrada da área e, por fim, Oscar Estupiñan aproveitou a bola que sobrou nessa disputa, colocando-a no fundo da baliza.
O jogo foi equilibrado, as equipas controlaram-se a si mesmas, Adan e Bruno Varela tiveram intervenções de mérito. E no ataque as jogadas sucederam-se com Sarabia e Slimani a destacaram-se no Sporting. E na segunda parte Paulinho e Pedro Gonçalves fizeram estragos.
O Vitória viveu mais de um quarteto de eleição: Tiago Silva, André Almeida, Rochinha e Alfa Semedo, que foram interpretes de um concerto de um nível futebolístico bem alto, acompanhados que estiveram pelos restantes jogadores da equipa. Dizer quem destoou é difícil porque pela primeira vez na temporada, a equipa mostrou uma coesão fora do normal. E uma personalidade nunca vista que fez com que Pepa endereçasse os parabéns aos jogadores.
Aliou a raça, o inconformismo de alguns jogadores como Alfa Semedo que foi o campeão do esforço, empurrando a equipa para a frente. E o curioso é que tirando um lapso de tempo, logo no início da 2ª parte, a equipa jogou sempre num nível alto, acabando o jogo a encostar o Sporting à sua intermediária, nos nove minutos de desconto que o árbitro concedeu.
Recorde-se que a igualdade surgiu num lance que resultou em grande penalidade assinalada por Sarabia aos 45’. E nasceu de um remate em que Alfa Semedo joga mais com o peito do que com a mão, optando o árbitro por sancionar a falta em penalti.
A primeira parte teve de tudo: emoção e disputa, protestos exaltados, pressão dos bancos de suplentes, alguns em exagero porque no futebol o árbitro tem sempre razão. E não se pode discutir com ele decisões como os adeptos o fazem nas bancadas.
Porém, a equipa jogou muito coesa, liberta de fantasmas, utilizou a velocidade, acertou nos passes, acentuando a força deste onze com o qual o Vitória ressuscita. Não apenas em resultados como em exibições. E ao qual só falta marcar mais golos para distinguir a réplica que se dá ao adversário.
O jogo com o SCP foi um teste à afirmação que esta equipa teve, aparecendo mais rotinada e mais forte, mais compacta e mais solidária. E resiliente.
Nas bancadas há sempre conflitos e a PSP, como sempre, vira-se mais para os adeptos do Vitória do que para o adversário que vendo a sua equipa a ganhar não deixaram de provocar os vitorianos.
No final, Nuno Leite, que esteve no banco, neste jogo, foi à sala de imprensa demonstrar que a direcção do Vitória reage a pronto, sublinhando que o regresso do inferno branco que pretende nos jogos em casa, não se coadunam com estas cenas em que parece haver apenas um culpado.
Informou que a administração da SAD vai fazer um inquérito de modo a apurar porque razão as forças policiais tendem a estar mais perto dos adeptos do clube, carregando sobre eles sem evitar remediar a situação sem violência que levou o árbitro até a suspender o jogo, sem que as atribulações da bancada tenham posto em causa o desenrolar do jogo.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Miguel Maga, Jorge Fernandes, Abdul Mumin, Rafa Soares, André Almeida (Nicolas Janvier 57′), Alfa Semedo, Rochinha, Tiago Silva (Gui 91’), Rúben Lameiras (Nélson da Luz 80’), Oscar Estupinãn (Bruno Duarte 80’).
Amarelos: Jorge Fernandes (26’), Adbul Mumin (27’), Tiago Silva (39’), Bruno Varela (44’).
Golos: Oscar Estupiñan (22’).
📸 LPFP
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