O Vitória foi a Paços de Ferreira procurar uma igualdade pontual para lutar pelo 5º lugar mas aumentou para seis pontos a sua desvantagem.
O Vitória queria comprar lã mas saiu tosquiado. João Pedro e Hélder Ferreira, dois ex-jogadores vitorianos, marcaram os golos da derrota, dando vida a um Paços organizado e pragmático que consolidou o 5º lugar, que dobrou a sua vantagem pontual sobre o Vitória.
A equipa de João Henriques fez um jogo normal, não demonstrando ambição suficiente para encostar o adversário à parede e deixar claro o seu desejo de querer mesmo ser o quinto deste campeonato. Desistiu de meter o adversário num colete de forças que lhe impedia os movimentos e voltou a reeditar erros defensivos que estão a ter consequências negativas na moral da equipa. E nos resultados.
A luta por esse lugar, dito europeu, durou apenas 45’, pois, na segunda, com uma hora de jogo, o Paços de Ferreira marcava o 2-1, deixando o Vitória entreter-se com a bola, numa ilusória procura da igualdade ou mesmo do triunfo.
Mais uma vez, o adversário gozou de facilidades na obtenção dos golos, por falta de marcação em cima dos avançados do Paços.
A boa exibição da 1ª parte acaba esfumada pelo desatino na segunda, uma vez que o Paços quis apenas controlar o jogo, mantendo a igualdade e procurando o 2-1 que acabaria por surgir num cruzamento em que Hélder Ferreira apareceu à vontade a cabecear na área, onde estavam seis colegas seus contra a equipa do Vitória.
O Vitória tentou reagir mas já não tinha forças e inspiração para mostrar que estava ali para fazer tremer um adversário que está a justificar o 5º lugar.
© VSC LPFP LUSA
João Henriques tem de dar um sinal a alguns jogadores que a sua titularidade não é garantida, pese a regularidade que deve manter num colectivo consistente. Nem todos estão a fazer o que deviam, pelo valor que aparentam e alguma classe que demonstram. Alguns jogadores não decidem jogar prático, insistindo na posse ou na perda de bola, sobretudo na área adversária. Outros cometem faltas desnecessárias e erros em zonas do campo interditas.
O Vitória, mais uma vez não se pode queixar dos árbitros porquanto Nuno Almeida prossegue na senda de não prejudicar intencionalmente o Vitória, o que tem sido uma característica dos árbitros neste campeonato.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Sacko, Jorge Fernandes, Mumin, Mensah, Wakaso (André Almeida 66′) , André André (Bruno Duarte 75′), Pepelu, Marcus Edwards, Óscar Estupiñán, Rochinha (Rubén Lameiras 75′).
A marcar passos…
- Uma tradição que se cumpre é a de o Vitória ser derrotado com golos apontados por jogadores que saíram do clube, João Pedro e Hélder Ferreira fizeram essa maldade;
- No 1-1, mais uma vez estavam três defesas do Vitória contra dois atacantes do Paços, e no 1-2 a defesa voltou a deixar-se surpreender;
- A jogada do primeiro golo do Vitória tem tudo para ser um modelo e uma réplica permanente porque se adequa ao estilo da equipa e dos seus jogadores, mas não passa de um acaso, pois, este Vitória não aprende nem com os erros nem com as coisas boas que faz;
- Enquanto, o Vitória se encaixou no Paços foi a equipa de Pepa que se sentiu num colete de forças, o jogo foi mexido, entretido, sem que João Henriques alargasse a sua ambição para um jogo mais arrogante, activo e que não fosse apenas reactivo porque passou a estar a perder;
- A coesão, consistência e força da 1ª parte, esfumaram-se voltando a equipa vimaranense a assumir as suas “duas caras”.
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