Quando o querer (dos jogadores) ajuda e a alma (vitoriana) é grande, o Vitória é mesmo mais que um clube.
A beleza futebolística que se exibe no relvado, o esforço e a vontade, são sinais de um exemplo que perdura e fica na história.
O Vitória-Benfica foi um jogo bem disputado num campo encharcado que acabou com a habitual igualdade no resultado desfocado do que foi o rendimento em campo.
Um Silva trabalhou intensamente com o mesmo empenho… criou uma obra e deixou que os artistas Silva’s – Tiago e André – fizessem o resto.
Com a chuva a exigir dos jogadores um esforço maior, ninguém pode dizer que o jogo foi ‘enfadonho’. Antes foi um hino ao futebol e uma demonstração de que este Vitória tem fibra, raça e nem sempre alcança o que merece.
Como se viu, o Vitória não se poupou e, por isso, foi o primeiro a marcar, num lance em que Tomás Ribeiro foi carregado em falta por Kökçü na pequena área. O árbitro assinalou grande penalidade e Tiago Silva (35′) marcou colocado e por alto.
Esta vantagem traduzia o intenso labor do ataque vitoriano, nada incomodado com a chuva que foi caindo no relvado e que condicionou um futebol de maior qualidade.
Jota, André Silva e Nuno Santos deram que fazer à defesa encarnada, rematando e criando muita confusão perto do guarda-redes que algumas vezes teve de se aplicar para evitar mais golos do Vitória.
O jogo esteve repartido, apenas no meio campo, pois, o Benfica também não se limitou a cuidar da sua intermediária mas viveu muito do pé esquerdo de Di Maria que coloca a bola onde quer. Foi isso que desequilibrou muito mais do que o labor dos seus jogadores empurrados para a área vitoriana para evitar um mal maior.
A derrota que esteve prevista começou quando o Vitória manteve, depois do intervalo, o mesmo arreganho, a mesma postura. E isso deu-lhe oportunidade para voltar a estar por cima do marcador, sempre com o recurso aos mesmos: Jota isola-se facilmente, cruza rasteiro e André Silva (61′) chuta de forma implacável.
Mas Borevkovic – um jogador prático e eficiente – num dos seus melhores jogos no campeonato, acabou expulso, com um vermelho directo, por uma entrada faltosa sobre Florentino.
A jogar com 10, o Vitória sofreu a pressão encarnada mas Charles Silva – também com excelente exibição – negou nova igualdade encarnada, só conseguida, já no final do jogo, quando Arthur Cabral (90′) deu o melhor seguimento a um cruzamento do inevitável Di Maria.
Já tinha sido assim, no primeiro golo quando com o virtuosismo do seu pé esquerdo o argentino cruzou para Rafa (40′) concluir.
Estavam repartidos os pontos num excelente jogo de futebol em que o Vitória fez quase tudo para ganhar.
O Vitória alinhou com: Charles Silva, Bruno Gaspar, Borevkovic, Jorge Fernandes, Tomás Ribeiro, Ricardo Mangas, Tiago Silva, Tomás Händel, Nuno Santos (Zé Carlos 77’), Jota Silva (Nelson Oliveira 86’), André Silva.
Amarelos: Jota Silva (8’), Bruno Gaspar (38’), Nuno Santos (73’), Nelson Oliveira (95’).
Vermelhos: Borevkovic (64’).
Golos: Tiago Silva (35’), André Silva (61’).
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