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Domingo, Novembro 24, 2024

Vitória: derrota na Luz escrita nas estrelas…

Economia

Um golo na própria baliza e uma expulsão com critérios discutíveis, tudo até aos 20’, deixou o Vitória aturdido mas não perdido.

Convenhamos que na lógica interna da prova, este não era um jogo para ganhar (mesmo tendo em conta como três triunfos consecutivos podem dar outra moral); e só na lógica do futebol em que tudo pode acontecer – e já aconteceu – o Vitória poderia sonhar com um triunfo.

E assim se começa a explicar como o sonho se desfez quando Jorge Fernandes cabeceou bem para a sua baliza e João Mendes foi expulso por inacção de Otamendi que se comportou como uma parede à espera de um encontrão.

Segundo os especialistas e bons intérpretes das leis do jogo, João Mendes só podia ser expulso e assim penalizado por ter jogado à bola – como é a sua função – ao invés do seu antagonista cuja presença o surpreendeu nas suas costas. Para os donos das leis – e da sua interpretação sempre a favor dos mesmos – o jogador do Vitória, de costas para o defesa encarnado só merecia uma expulsão.

E pior: alguns dizem que Mendes “levantou demasiado o pé com a bola, jogou com força excessiva típico de karaté e com força excessiva atingiu a cabeça de Otamendi”. Ou seja, o médio ofensivo do Vitória deveria ter pedido licença para disputar aquele lance, sabendo-se que o fez sempre de costas voltados para o dito agredido.

© Vitória SC

Uma treta porque até no caso da mão na bola, os intérpretes das leis olham para a volumetria dos braços, os seus gestos. No caso de João Mendes ninguém percebeu que ele foi o único a disputar a bola e ao rodar encontrou um esteio contra o qual teria de bater até pela força das leis da natureza.

Esta expulsão não tem tese abonatória nas leis da física; tem-na na teoria do futebol português em que as faltas são analisadas em função das camisolas; e neste caso também o tem porque o adversário era o Benfica.

Contas feitas, o Vitória teve dois incidentes em apenas 20’ que o aturdiram mas não o deixaram perdido em campo e fora do jogo.

Paulo Turra, neste contexto, sabendo que seria sempre dificílimo disputar o resultado, acabou por fazer algo interessante: aproveitar o jogo para treinar.

Testou a resistência da equipa a jogar com 10, fez várias alterações na sua estratégia para o jogo – incluindo jogar com vários sistemas. E anotou os erros defensivos, alguns dos quais são permanentes e merecem correcção.

Fazer mais seria sempre possível mas os milagres não acontecem todos os dias.

Paulo Turra escusou-se a comentar o trabalho do árbitro, deixando que outros o façam.

O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Jorge Fernandes, Manu Silva, Mikel (André André 83’), Miguel Maga (Zé Carlos 45’), Tiago Silva (Tomás Händel 45’), Dani Silva, João Mendes, Afonso Freitas, André Silva (Nelson da Luz 58’), Jota Silva (Safira 70’).

Amarelos: Tiago Silva (17’), Jota Silva (40’), Tomás Händel (79’), Afonso Freitas (95’).
Vermelhos: João Mendes (18’).

Golos: Jorge Fernandes (11’) AG.

Foto ©Vitória SC

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