É o mesmo por fora mas não é o mesmo por dentro, deixou de ser privado e passou a ser municipal e a sua inauguração marca a entrega de mais um espaço para o desenvolvimento cultural de Guimarães.
O Jordão vai casar-se com a Avenida que deixou de ser garagem de automóveis para acolher bandas de garagem, numa boda cultural em que se associarão as artes performativas, visuais com a música que o Conservatório de Guimarães promove.
As memórias de um Jordão como equipamento com fins comerciais eternizam-se porque se entranham na história da cidade. Agora, os capítulos do futuro serão diferentes, ligados às artes e ao património cultural, em que aquele par de edifícios reconvertidos e reabilitados com fundos da União Europeia que ali também se perpetuam.
O Jordão e a Garagem Avenida seguirão um rumo novo, como palcos e sítios de produção e formação cultural, onde se fixarão escolas: a de Artes Performativas e Artes Visuais da Universidade do Minho, que alargam e estendem a influência do campus universitário de Azurém para o coração da cidade; e a escola de Música do Conservatório de Guimarães. No rés do chão da Garagem Avenida haverá espaço para as bandas de garagem, um local de criação para jovens músicos.
Contudo, o espaço de espectáculos – um auditório com capacidade para 400 lugares – de encontros e de culturas, embora mais reduzido, terá a mesma vivência e a mesma ambição de juntar vimaranenses e visitantes através da cultura, das artes e da música.
“Alavancando Guimarães para uma cidade criativa, uma cidade que cria cultura e exporta cultura”.
“Serão equipamentos educativos, com forte ligação à cultura, alavancando Guimarães para uma cidade criativa, uma cidade que cria cultura e exporta cultura” – afirma Adelina Pinto, ex-vereadora da Cultura.
O investimento global foi de 12 milhões, sendo que 10 serão pagos pelo programa FEDER (85%), um programa da UE para o desenvolvimento regional que o Norte 2020 – programa operacional da região – acolheu e consignou.
“A reabilitação e a reconversão do edifício do Teatro Jordão e da Auto Garagem Avenida vão permitir não apenas devolver à cidade uma sala de espectáculos e um património arquitectónico marcante, integrado no extenso programa de reabilitação e revitalização urbanas da zona de Couros, mas também o desenvolvimento de novas valências educativas, científicas e criativas, através do acolhimento das estruturas de Artes Performativas e Artes Visuais da Universidade do Minho e da instalação da Escola de Música do Conservatório de Guimarães” – revela uma nota da Comissão de Coordenação da Região Norte.
Por isso, António Cunha presidente da CCDR-Norte estará presente ao lado de Rui Vieira de Castro, Reitor da Universidade do Minho uma vez que Domingos Bragança, retido em casa pela covid-19 estará ausente numa obra marcante dos seus mandatos. O presidente da Câmara discursará na cerimónia via zoom.
“Representam um património arquitectónico e afectivo muito marcante na cidade-berço”.
António Cunha considera que “a reabertura e reconversão do complexo formado pelo Teatro Jordão e pela Garagem Avenida assumem um carácter especialmente simbólico. Representam um património arquitectónico e afectivo muito marcante na cidade-berço e o seu sentido original de modernidade é reinterpretado aos dias de hoje, reforçando o pulmão cultural, educativo, criativo e científico de toda a região. Será uma âncora de futuro” – defendeu.
O Teatro Jordão data da década de 30 do século passado e é um exemplar típico dos cine-teatros construídos à época no país, tendo constituído então um marco de modernidade no seu contexto urbano. O seu auditório terá capacidade para 400 lugares, com uma estrutura flexível. Da mesma época, a Auto Garagem Avenida, edifício concomitante, é um dos melhores exemplos da estética Art Deco em Guimarães.
📸 Município de Guimarães
© 2022 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.
