- O director-executivo de A Oficina fala de “um potencial ainda não explorado” pela Casa da Memória de Guimarães (CDMG).
- A preservação e divulgação do património cultural, continua a ser um objectivo primordial, apontando, também, na direcção de “ampliar a oferta cultural e educativa” e tornar a CDMG “o elemento de união e centralização dessa memória”.
- A programação e o calendário de eventos tem nestas premissas a filosofia básica. Hugo Tavares de Freitas deixa elogios aos directores artísticos de A Oficina.
- Sobre o estado geral do edifício da CDMG admite que “já denota algum desgaste” e a sua recuperação é assunto para ser tratado com a Câmara Municipal.
Com as mudanças registadas na direcção executiva, que papel está desenhado para a CDMG, no futuro e no contexto de A Oficina?
A CDMG, sob a égide de A Oficina, pretende intensificar a sua missão de preservação e divulgação do património cultural de Guimarães e da região. A nova estratégia visa ampliar a oferta cultural e educativa da CDMG, promovendo uma maior interacção com a comunidade local e os visitantes que inclui a organização de eventos e exposições que não só celebram a história e a memória da região, mas também estimulam a participação activa do público na valorização do património cultural.
Qual a apreciação que faz das actividades até agora desenvolvidas?
Muito positiva, a CDMG tem tido uma participação da comunidade muito grande. No que concerne às artes tradicionais, o lançamento em conjunto com a Câmara Municipal de Guimarães do livro sobre os Bordados de Guimarães, ou a formação de novos oleiros para preservação da arte da Cantarinha dos Namorados foram marcos estratégicos essenciais para a missão que a CDMG tem também neste relacionamento com o passado.
O modelo de programação irá manter-se?
Tudo o que programamos, não só na CDMG, mas na A Oficina em geral, é alvo de um escrutínio interno muito rigoroso, para percebermos e medirmos o impacto que a nossa programação tem na comunidade, e se os objectivos a que nos propusemos foram atingidos. Por isso a resposta a esta pergunta é, sim, se as métricas iniciais forem atingidas, ou não, se entendermos que é altura de nos reinventarmos. Felizmente A Oficina tem óptimos directores artísticos, com uma resiliência enorme, e com a adaptabilidade e humildade necessária para gerarem o seu próprio conflito interno de auto crítica.
Há constrangimentos ao nível das instalações que mereçam intervenção ou manutenção?
Sim, os edifícios já denotam algum desgaste, mas felizmente é um processo que temos acompanhado juntamente com a Câmara Municipal de Guimarães, e estou certo que essas intervenções a curto prazo irão ser realizadas.
“A CDMG é sem dúvida a entidade que deve agregar à sua volta a preservação desses usos e costumes.”
Admite que a CDMG possa ter outras mais valias na preservação da memória vimaranense, na preservação de usos e costumes?
Temos um projecto para a CDMG muito ambicioso, exactamente por acreditarmos no potencial ainda não explorado da CDMG. A CDMG é sem dúvida a entidade que deve agregar à sua volta a preservação desses usos e costumes, não com isto querer ocupar espaços onde outras entidades já se encontram e bem a trabalhar. Devemos e podemos é ser o elemento de união e centralização dessa memória que urge ser ainda mais preservada.
Está satisfeito com o papel que lhe está reservado no apoio a iniciativas de artistas populares da comunidade?
Sinto-me genuinamente orgulhoso do histórico, passado, presente e futuro, que A Oficina tem no apoio a artistas locais, como igualmente no apoio a projectos nacionais que, sem A Oficina a liderar, teriam muito mais dificuldades em se imporem.
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