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Sexta-feira, Julho 5, 2024

Dia UM de Portugal: Jornadas Históricas ajudam a compreender melhor a época de Mumadona Dias

Economia

As Jornadas Históricas são o prenúncio da festa do 24 de Junho, para além de evento científico associado à história dos primórdios de Portugal.

O Município lançou a iniciativa há cinco anos com o intuito de “dar visibilidade às investigações que se vêm produzindo sobre a época medieval e moderna”.

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Uma comissão composta por Isabel Fernandes, Rui Victor Costa, Amaro das Neves e Antero Ferreira organiza a programação temática que aprofunda temas diversos sempre com o intuito de descobrir mais sobre os 900 anos da Batalha de São Mamede e o nascimento de Portugal vinculado a Guimarães.

De cada edição destas Jornadas é produzida uma revista onde se publicam as intervenções dos investigadores, guardando, por isso, um espólio de interesse cultural e científico. “Um contributo para o enquadramento da Feira Afonsina e uma publicação que preservasse o trabalho apresentado” como sublinhou Antero Ferreira.

O vereador da Cultura, sublinha que neste trajecto de pesquisar “o legado – Berço da Nação”, as Jornadas permitiram “abordar a história, a memória e contemporaneidade”. Um “reforço” do trabalho que é feito sobre o Dia UM de Portugal e da Feira Afonsina, divulgando “o pensamento subjacente às celebrações, destes dois momentos centrais da actividade do Município”.

Isabel Fernandes, da comissão organizadora das Jornadas Históricas, justificou porque, na quinta edição deste evento, Mumadona Dias é o tema central, na vertente da sua relação com o território.

O nascimento de Guimarães “está marcado por duas mulheres a Condessa Mumadona Dias e a Santa Maria”. Ou seja, a fundadora da cidade e a Santa que a protegeu.

© Direitos Reservados

As Jornadas revisitam, assim, o papel de Mumadona Dias na arte pública, e a sua intervenção e influência enquanto mulher.

E no entender de Paulo Lopes Silva, são uma “procura de fazer justiça a uma figura feminina marcante na construção de Guimarães, no Condado que deu origem ao Reino”.

O vereador da Cultura disse ainda que até 2028, o papel e a filosofia das Jornadas seguirão neste caminho convicto de que “a história e a memória, serão bases sólidas de um programa que quer olhar a Batalha de São Mamede, como acto fundador da nacionalidade”.

A ligação de Mumadona Dias à Pousada de Santa Marinha da Costa, como Paço Condal, no século X, serviu para Luís Carlos Amaral, professor de História e Estudos Políticos Internacionais, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, abordar “as experiências monásticas do Noroeste Hispânico” nos séculos X e XI, explicar as relações, ao tempo, na vida monástica e a sua articulação com as autoridades eclesiásticas locais e o papel dos Bispos sobre esta comunidade.

© GA!

Percebeu-se como São Rosendo foi a testemunha do célebre testamento de Mumadona Dias, como era o Paço onde morava. E a reconstituição que foi possível fazer a quando das escavações feitas na Pousada da Costa, na altura da sua adaptação a Pousada, uma obra de que é autor o arquitecto Fernando Távora.

Saber mais sobre a arqueologia da Alta-Idade Média – uma especialidade inexistente em Portugal – e confrontar-se com vestígios românicos, num período que compreende os séculos X e XI.

Como seria então o Paço Condal onde vivia Mumadona Dias, ainda é uma interrogação apesar dos sinais decorrentes das escavações na Pousada da Costa e das semelhanças que tinha com templos situados nas Astúrias, como a igreja de Santa Maria de Oviedo.

Nesta reconstituição histórica do Paço de Mumadona Dias – que também tinha casa em Creixomil – os investigadores concluem – tal como Luís Carlos Amaral – que a construção erguida na zona da Cantonha/Vilar, da freguesia da Costa, tinha uma posição dominante sobre a cidade, situada 46 metros acima do Castelo de Guimarães.

O professor Luís Carlos Amaral, vista a recriação didáctica que foi feita às fundações do Paço de Condal, e dos “Elementos para Reconstituição Arquitectónica e Espacial da Costa”, mostram “a importância deste local, do ponto de vista histórico, para o Condado Portucalense”.

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