Arménio Sá fez o seu auto-retrato em livro, contando “a história de um menino que um dia quis ser pintor de arte”.
E foi essa história, de vida e de artista, que pincelou em traços ligeiros, mostrando-se como um simples vimaranense, num livro de 144 páginas a cores.
Há ali muitas ilustrações com as figuras típicas e humanas que pintou, os monumentos que gravou a tinta da China; há ainda festas retratadas a óleo, as imagens da cidade que registou à mão em telas.
Lê-se na última página, como legenda de uma gravura: “Com estas mãos nasci, com elas desenhei e pintei uma vida, com elas continuo até não poder mais. Sou feliz assim e assim serei até partir”.
Para Alves Pinto que prefaciou o livro nota-se que Arménio Sá “espelha a solidariedade, mostra como soube pintar gente humilde”.
Ele tornou-se “um pintor e desenhador da cidade para além das vicissitudes da vida”, recordando que emergiu na sociedade vimaranense proveniente da Escola Industrial e Comercial de Guimarães, a quem se ligou ainda mais ao criar a figura do ‘Reguila’, um modo de identificar os que estudaram naquela escola tão ligada à cidade e ao concelho.
Arménio Sá, “legou-nos a história de Guimarães ilustrada, uma maravilha de gravuras do nosso património e parte do seu acervo artístico”, sobretudo com “as personalidades que encheram de humanidade as ruas da nossa cidade” – concluiu.
O vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, considerou a oportunidade da apresentação deste livro “como um momento marcante para Guimarães”. Sublinhou que “ao longo da sua vida, Arménio Sá, pintou Guimarães na sua verdadeira essência – nas suas praças, na sua história, nas figuras típicas.” No fundo, deixa no livro, “o seu percurso de vida bem assinalado” – enfatizou.
Arménio Sá não escondeu a emoção do momento e da referência ao que mais considera sensível na sua vida. Recordou uma exposição feita no Paço dos Duques de Bragança, e as imagens captadas pelos turistas “fizeram-me voar por todo o mundo”.
Foi ali que considerou “o melhor local para divulgar o meu trabalho”, deixando no ar a ideia de que não vai ficar por aqui. “Ainda não fechei a porta da criatividade” – ressaltou.
Sobre o livro, ele “é como um filho que vai ficar”, um retrato fiel de um cidadão que não se sente mais do que ninguém mas que não deixa de dizer “sou um vimaranense”.
Alberto Mota, da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Guimarães, registou porque é que a associação se colocou ao lado de Arménio Sá na edição deste livro.
“Nunca disse não, enquanto artista, a colaborar nos pedidos que lhe fizemos, entre os quais a ilustração do estandarte e do logótipo da associação que ainda perdura, pois foi criado com uma visão de futuro”. E até está registado na Sociedade Portuguesa de Autores.
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