A empresa convidou alunos universitários a agruparem-se para um projecto específico: o que fazer numa bomba de gasolina, enquanto se abastece a viatura com combustível?
A ‘AXON Hackathon’ tornou-se uma maratona tecnológica de 48 horas organizada pela multinacional Petrotec, com o apoio do Innovation by Kaizen Institute e da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
Os estudantes trabalharam em pequenas equipas e foram acompanhados por docentes, mentores e peritos em inovação, numa abordagem multidisciplinar aos desafios de design, tecnologia e produção do sector energético.
Em equipa, jovens de ambos os sexos, mostraram como podiam contribuir para melhorar essa experiência. A empresa que produz bombas de abastecimento de combustível, cada vez mais sofisticadas, de múltiplo serviço, queria perceber até que ponto podia desenvolver o seu produto.
Neste jogo e maratona de 48 horas, com o seu laboratório sediado, no auditório da UMinho, em Azurém, participaram seis equipas, numa iniciativa regular que a Petrotec organiza no âmbito da sua estratégia de desenvolvimento de produto, neste caso, envolvendo a comunidade científica.
Para a UMinho, esta relação – universidade/empresa – desejada e cada vez mais aprofundada, foi uma oportunidade para com projectos concretos e áreas específicas fazer com que as ideias germinem com clareza em projectos que visem mudar o nosso dia-a-dia ou até mudar a escala e o modo de produção das empresas da região.
Este diálogo – que ambas as partes querem seja constante, repetido e diversificado – pode contribuir para que o ‘namoro’ entre empresas e universidade se torne num verdadeiro ‘casamento’, capaz de estimular a concepção e produção de projectos conjuntos que sirvam os objectivos de ambas as partes.
Até porque, neste caso, foi possível juntar a academia, com a indústria, os alunos, mentores e pessoal da empresa que diariamente operam para melhorar o produto que vendem.
Luís Pacheco, COO, da Petrotec enquadra este momento como um eixo da reflexão interna. Sobre as propostas apresentadas pelos alunos, admite que “todas têm pernas para andar tecnicamente”. Afiança que elas “são mais ou menos concordantes com o que o mercado espera e exige”.
Pensadas como lojas com espaço que permite a mobilidade no seu perímetro, as propostas apresentadas pelos alunos permite o envolvimento de parceiros.
Curiosamente, os alunos participantes provinham de cursos diferentes, da Electro-Mecânica à Electrónica e Programação e de cursos mais teóricos. Lara, era, por exemplo, aluna de Engenharia Biomédica, Hugo, de Engenharia Têxtil e Pedro de Engenharia Mecânica. Havia alunos da área da Ciência dos Dados inclusive, o que tornou as equipas multi-disciplinares.
Cada trabalho produzido, tinha um nome e foi apresentado em cerca de sete minutos para além das perguntas do júri e de outros alunos presentes.
Basicamente, todos – e com visões diferentes – elaboraram soluções para abastecer combustível, de forma mais rápida e cómoda, com recurso a aplicações através das quais se podiam fazer pagamentos seguros e céleres.
A diminuição do tempo de espera, a venda combinada, a aplicação de meios de pagamento, e escolha do tipo de combustível, eram parte de uma aplicação que envolvia a tecnologia e informática neste processo, num modelo de negócio apoiado numa plataforma, com custos para o cliente de uma taxa de 2%.
Cada projecto, apresentava custos previsíveis e resultados da operação ao mês e ao ano. Também havia quem procurasse revolucionar o abastecimento de combustível, evitando más experiências decorrentes de filas com pessoas e carros à espera, incómodos que se pretendiam evitar com o recurso a tecnologias e tirando partido do uso das matrículas – e o seu reconhecimento automático – para se optar pelo tipo de combustível adequado à viatura, bem como o processamento da facturação.
Também, a prestação de outros serviços no local do abastecimento foi incluída nestas propostas, nomeadamente a possibilidade de ter carregadores eléctricos para outras viaturas e mesmo a utilização do GPS para garantir segurança no uso da aplicação e no modo de condução.
Igualmente, a lavagem de carros fazia parte do pacotes de serviços a prestar numa bomba de gasolina e até o modo de evitar abastecimento com o combustível errado – uma solução de segurança garantida com a introdução de um sensor em cada pistola.
Uma lista de preços para avaliar sobre a utilização de combustíveis mais baratos na zona foi indicada por uma equipa, num projecto onde não faltaram soluções imaginativas e a necessitar de serem aprimoradas.
Outros previam a criação de um protótipo funcional que pudesse fornecer a panóplia de serviços a prestar em cada bomba, do combustível aos produtos de bar.
A utilização do QR Code em algumas soluções permitia até fazer do abastecimento de combustível uma boa experiência, repetível e capaz de fidelizar clientes com diversos produtos e serviços.
© 2024 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.