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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Exportações: queda no mercado espanhol chega aos 24%

Portugal exportou menos em Janeiro, 2021 começou, com uma quebra nas exportações de têxteis e vestuário, segundo dados do INE, hoje divulgados.


“Portugal exportou 410 milhões de euros, menos 46 milhões de euros do que o verificado no mês homólogo do ano anterior” – assinala a ATP em nota divulgada hoje. As exportações de vestuário caíram 16% (menos 46 milhões de euros), as de matérias primas têxteis caíram 5% (menos 6 milhões de euros) e as de têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados – onde se incluem as máscaras têxteis – aumentaram 9% (com um acréscimo de 6 milhões de euros).

França colocou-se na frente dos melhores mercados neste período, com um acréscimo de 2 milhões de euros, o equivalente a mais 3%; depois vem a Dinamarca com mais 1,5 milhões de euros, ou seja, mais 17%. O Reino Unido, excluindo a Irlanda do Norte lidera a tabela dos países que registaram maior acréscimo, que, no entanto, é devido ao facto de, em 2020, não haver dados para esta classificação. Estatisticamente em 2020, havia apenas a designação Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que em 2021 passou a estar dividida em Reino Unido (Irlanda do Norte) e Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte).

Principais Destinos:

EM MILHÕES €

Jan.2020Jan.2021EvoluçãoPeso
Espanha12494-23,9%23%
França63653,2%16%
Alemanha4645-3,4%11%
EUA3028-7,7%7%
Reino Unido0280,0%7%
Itália2927-8,0%7%
Países Baixos21211,2%5%
Suécia1412-13,1%3%
Dinamarca91017,2%2%
Bélgica109-10,8%2%
Intra UE (27)310344-9,8%76%
Extra UE (27)100112-10,9%24%
Mundo456410-10,1%100%
© ATP/ INE

Espanha continua a liderar a tabela dos destinos com maiores quebras: menos 30 milhões de euros (-24%), sendo a queda no vestuário de 16%. As importações de vestuário caíram 44% (menos 94 milhões de euros) e as de matérias têxteis também caíram 24%, em Janeiro, um sinal que evidencia a quebra na actividade do sector que terá com certeza impacto nas exportações dos meses de Fevereiro e Março.

As importações de têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados, máscaras têxteis incluídas, subiram 15%. No total, as importações de têxteis e vestuário caíram 33% (menos 126 milhões de euros) comparativamente com Janeiro de 2020.

A Turquia lidera a tabela das origens que registaram maior acréscimo, no caso, mais 1,8 milhões de euros, ou seja, +17%. Espanha foi a origem que mais caiu, com menos 53 milhões de euros importados, ou seja -40%. Relativamente ao ano de 2020 e com base na evolução dos índices de actividade, a ATP estimou uma destruição de emprego de cerca de 5000 postos de trabalhos (equivalente a uma quebra de 4%), uma diminuição de 18% (menos 1,3 mil milhões de euros) na produção e de 14% (menos 1,1 mil milhões de euros) no volume de negócios do sector.

A perda do emprego está a ser amortizada pelas empresas. Caso tivesse sido na mesma ordem de grandeza dos restantes indicadores, o sector teria perdido 20 mil postos de trabalho.

© 2021 Guimarães, agora!


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