Um Sporting em primeiro e um Vitória em crescimento, pode dar um dos mais interessantes jogos desta 7ª jornada da Liga Portugal, no estádio D. Afonso Henriques.
O treinador do Vitória, João Henriques, tem a certeza de que Ricardo Quaresma “está comprometido com o projecto do Vitória” e que a circunstância de jogar contra o clube onde fez a sua formação e se tornou profissional, em nada afectará o seu rendimento. “Ele sabe o que tem de fazer” – salienta o técnico que elogiou Quaresma pelo seu exemplo, ajudando “na integração no grupo”, de jovens jogadores que chegaram agora ao Vitória. E exemplifica que “Quaresma é, também, um exemplo a jogar e a treinar”, reiterando que aos 37 anos, enfrentar a sua antiga equipa será sempre “um jogo especial”.
João Henriques não está preocupado em travar o Sporting. O que o preocupa mesmo “é o crescimento da equipa do Vitória” que começa a consolidar posições com os pontos. E toda a sua estratégia visa, como em todos os jogos, ganhar ao adversário, quer ele se vista de azul, verde ou outra cor qualquer.
O treinador acredita que com mais jogos e mais tempo de jogo, a equipa conquistará a solidez que “procuramos, em cada jogo, de forma a que haja um evolução na aprendizagem e que as ideias e princípios da equipa técnica chegam mais depressa aos jogadores”.
O controle emocional da equipa, é também uma área em que João Henriques investe. “Todos temos de perceber que estamos no Vitória, que a exigência é alta, e temos de responder sempre melhor no jogo seguinte”. Este factor psicológico acrescentado à estabilidade que a equipa procura ter em campo com as suas exibições e os pontos que conquista, será basilar para firmar “a identidade do grupo” e mostrar o caminho a seguir. “Todos devemos saber para onde vamos” – acrescenta.
O jogo com o Sporting é mais um para “os jogadores mostrarem, no final dos 90’, que fizeram tudo para vencer, deixando o relvado de cabeça erguida”.
Sobre a previsibilidade do jogo das duas equipas, João Henriques sabe que qualquer equipa mantendo a sua estrutura básica, tem depois dimensões e nuances, que vai concretizando em cada jogo. Por exemplo, no Vitória, ele ainda não utilizou o “Plano B” porque segue ainda no rumo de estabilizar os processo que a equipa vai assimilando. E deixou a certeza: “também seremos um camaleão, de várias cores, com dinâmicas diversificadas”, que aplicaremos quando a equipa estiver mais estabilizada.
O objectivo é todos falarem a uma voz, directores, treinadores, jogadores, adeptos. “Vamos olhar para a frente, porque o que está para trás, está fechado, consolidado” – defende o treinador. E olhar para a frente significa “estar perto dos lugares de acesso à Europa, estar numa final da Taça de Liga, pois, se queremos potenciar jogadores temos de ganhar”. No conceito de João Henriques, olhar para a frente, “é pensar jogo a jogo e não criar cenários de longo prazo”.
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