Pode dizer-se que foi a primeira reunião a sério depois da instalação dos órgãos autárquicos na sequência das eleições de 12 de Outubro. O que se viu e ouviu e define a posição dos três partidos representados na Câmara, foi:
- 1. O Chega votará ao lado da coligação ‘Juntos por Guimarães’ em tudo que não colida com as ideias do partido, alinhando na unanimidade geral ou parcial; Nuno Vaz Monteiro ainda não interveio;
- 2. O PS vai fazer da abstenção o voto dos pontos em que não alinhará com o poder instituído e com quem lhe disputa o poder municipal;
- 3. E que não hesitará colocar na discussão questões que não estejam na esfera de competência do Município, a lembrar o que fez Ricardo Araújo sobre as creches no passado;
- 4. A abordagem genérica dos vereadores do PS foi respeitosa tal como o tratamento dos assuntos da agenda e no período de antes da ordem do dia, no que se iguala com a coligação do poder.
Apesar de gravadas e transmitidas em streaming pelo YouTube – o que aconteceu pela primeira vez na história do poder local – as reuniões seguem o estilo do anterior mandato. Com conferências de imprensa dos vereadores que usaram da palavra, no final, uma redundância que tende a esvaziar-se.
“Reforça a confiança entre os eleitos e eleitores e aproxima ainda mais o Município dos vimaranenses.”
Sobre a transmissão, o presidente da Câmara afirma que “é mais do que um gesto simbólico, é uma prática de governação transparente e aberta que reforça a confiança entre os eleitos e eleitores e aproxima ainda mais o Município dos vimaranenses”.
Ricardo Araújo entende que este é, também, um sinal claro de estabilidade, de cooperação entre todos os membros do executivo e de uma estratégia centrada nas pessoas, na sustentabilidade e na modernização dos serviços municipais.
“Guimarães está a afirmar-se como um concelho que conjuga tradição e inovação, onde a proximidade com os cidadãos é o eixo central da nossa acção pública”, salientou.
Gabriela Nunes (PS) colocou em cima da mesa reunião, a questão do fim dos contratos para a manutenção das Unidades de Cuidados Continuados que as IPSS’s consideram deficitários. E que desejam substituir por outros cuidados e respostas sociais que sejam mais rentáveis, deixando para o Estado a despesa com os doentes acamados e em fase terminal.
Não deixou de perguntar ao presidente que estratégias está a desenvolver relativamente a este assunto, o que deixou a Ricardo Araújo a possibilidade de afirmar que “a questão não sendo da competência municipal, também nos preocupa pelo que pode prejudicar o bem-estar de pessoas e famílias afectadas”. Prometeu ter uma resposta mais clara para a próxima reunião.
Ricardo Costa (PS) quis saber que “dados podem ser recolhidos sobre os utentes dos transportes públicos, que utilizam os autocarros da Guimabus”, sabendo-se que muitos são de uma marca chinesa. E como todos os carros eléctricos podem ser controlados à distância… a questão merece mais esclarecimentos.
O presidente da Câmara e a vereadora da Mobilidade deram nota de que já houve uma reunião com o concessionário para ter resposta mais concreta.
“Perguntamos que dados estavam a ser guardados e se era possível o seu desligamento. A operadora não sabia se isso era possível, esperando que a situação ficasse esclarecida para evitar penalidades graves” – informou Vânia Dias da Silva.
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