Autárquicas 2025
A coligação ‘Juntos por Guimarães’ foi à Costa para evidenciar o exemplo da “freguesia e do autarca modelo”, numa das suas passagens pelo território.
Dividida entre o mundo rural, na meia-encosta da Penha, e o urbano que nasce a partir do parque da cidade até às franjas de Mesão Frio e da Oliveira do Castelo, a Costa – baluarte do PS durante mais de quatro décadas – tornou-se uma espécie da jóia da coroa da coligação que junta PSD e CDS-PP, no poder local em Guimarães.
Vítor Matos, economista, foi o artífice de uma missão difícil: esbater e atenuar as distâncias entre a Costa rural e a freguesia urbana, influenciando, fomentando e construindo o espírito de comunidade que a geografia da freguesia até então estimulava a divisão.
Ao protagonizar a mudança – do PS para a AD – a freguesia e Vítor Matos, deram “a esperança” à coligação para replicar a experiência noutras freguesias do concelho. Nuno Vieira e Brito, dirigente centrista, destacou até que “a esperança da Costa é a esperança de Guimarães”, acentuando que “as pessoas acreditaram em nós”.
Elogiado pelas suas qualidades humanas e de competências que ajudaram a um bom desempenho da função, Ricardo Araújo distinguiu Vítor Matos como alguém “que não apareceu de repente e tem fortes ligações à Costa”.
Reforçou a importância de o actual presidente da Junta da Costa – que derrotou os socialistas nas autárquicas de 2021 – ser igualmente um modelo de “independência no exercício cargo, aglutinando e não dividindo, sendo um inspirador da mudança que é necessária em Guimarães”.
Vítor Matos, sereno e determinado, disse querer “fazer mais”, justificando a sua eleição há quatro anos. “Trabalhamos por e para todos” – frisou. Mas vincou que fez tudo “sem antagonismos, sem deixar ninguém para trás, apenas com a clara ambição de trabalhar pela nossa freguesia”.
E deu lustre ao seu propósito de fazer da Costa, uma freguesia unificada. “As pessoas da Costa sentem a cidade e percebem que a nossa freguesia já não só um espaço para descansar e dormir”.
Orgulha-se do “sentimento de comunidade e de pertença que nos últimos quatro anos passou a ter momentos de comunidade”. Foi para isso que a Junta criou o ‘Dia da Freguesia’, agregando a população e fomentando o convívio com todas as associações.
“A comunidade acordou”, referiu. E deu exemplos: as pessoas conhecem as associações que existem e cooperam entre si. E não se ficou por aqui, lembrando que 40 anos depois “voltou a Festa de São Roque, as festividades da Segunda-feira de Páscoa”, as festas dos santos populares que exaltam “os valores da comunidade e são sinais da sua identidade”.
“A Costa tem dirigentes suficientes para não precisar de relações mais ou menos claras.”
Curiosamente deu outro exemplo, de libertação da sociedade civil do jugo partidário. “Na Costa, nem o presidente e outros membros da Junta e até da Assembleia de Freguesia fazem parte dos órgãos sociais de qualquer associação”. E rematou, com convicção: “A Costa tem dirigentes suficientes para não precisar de relações mais ou menos claras, há uma verdadeira separação de poderes e um tratamento justo para todos”.
Agora, Vítor Matos quer renovar o seu mandato com os mesmos valores e com mais ambição. “Trabalhamos com empenho nos quatro anos do mandato, com empenho e afinco, conseguimos convencer a Câmara da validade de alguns dos nossos projectos”. E perante a assistência que se juntou no ringue da escola de São Roque, concluiu: “Agora imaginem o que teríamos conseguido se a Câmara estivesse em sintonia total connosco, temos uma oportunidade para isso, pois Ricardo Araújo acredita em nós, nas nossas ideias e com ele temos a certeza que os nossos projectos serão realizados”.
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