Autárquicas 2025
O programa eleitoral com que Ricardo Costa se apresenta aos vimaranenses, vertido em 74 páginas de um opúsculo que hoje distribuiu à comunicação social, releva mais “o pensamento estratégico do que o planeamento”.
Tem sete capítulos: da inovação e talento, à economia e desenvolvimento, da vida urbana e mobilidade ao bem-estar e felicidade, da governação e administração democrática à integração regional e nacional. Termina com um capítulo sobre a diplomacia da cidade onde destaca Guimarães como “uma das cidades médias portuguesas com maior projecção internacional”, lembrando episódios recentes de títulos como a Capital Europeia da Cultura, Património da Humanidade, Europeia do Desporto e agora o de Capital Verde Europeia, nada acrescentando sobre a projecção decorrente dos 900 anos de história e de berço da nacionalidade.
Acrescenta a afirmação na Europa e no Mundo, derivada da capacidade exportadora e de “uma comunidade científica, tecnológica e artística de primeira linha”. E a pertença a uma enormidade de redes em que tem assento, que Guimarães “não tem sabido aproveitar”, um potencial de projecção inexplorado, em organizações e mesmo com as cidades geminadas.
Apesar de as eleições se realizarem de quatro em quatro anos, Ricardo Costa disse já que “apresento-me para um ciclo de 12 anos”, dissipando dúvidas sobre a liderança do PS e da governação municipal.
Também, deixou claro que se vencer as eleições de 12 de Outubro, reserva para si as áreas do Urbanismo, Economia e Administração Geral, para que “o eco-sistema seja controlado”, um trio de áreas que marcam o funcionamento do Município.
Sintetizou as medidas que são descritas no programa eleitoral, elencou algumas que têm laivos de “novidade”. É o caso de um ‘Simplex Autárquico’ para o Urbanismo, sem se referir à competência legislativa do Governo sobre a área. Adiantou que cada pedido dos municípes terá de ter uma resposta de sim ou não, sendo de dois mêses para assuntos que não precisem da intervenção de entidades externas e três para os que precisam.
Propõe-se organizar as ‘Quintas-feiras do Cidadão’, sem qualquer agendamento prévio mas com 15 minutos para cada um, um fórum de perguntas e respostas entre os políticos e a sociedade civil.
Refere que vai-se empenhar na formação profissional dos funcionários, ao mesmo tempo que vai criar a ‘Divisão das Freguesias’ – onde todos podem receber informação dos processos que correm na administração municipal.
Aposta “numa grande transformação em frente ao GuimarãeShopping”, onde “as pessoas perceberão o grande avanço que Guimarães terá”.
Repetiu o “não” ao BRT e a opção pelo Metro Ligeiro de Superfície que começará no Laboratório da Paisagem e estender-se-á pela cidade a partir da avenida Conde de Margaride.
Na área cultural, promete dois eventos internacionais, por ano, redimensionar o Guidance (e ter uma escola de dança contemporânea), inovando e reposicionando as festas concelhias, cruzando tradição com inovação.
“Quereremos massificar o acesso aos equipamentos culturais junto dos jovens.”
“Quereremos massificar o acesso aos equipamentos culturais junto dos jovens” – destacou.
Para Pevidém, e no perímetro do eixo industrial, avança com a esperança de que na ex-Fábrica do Alto funcionará a academia digital que dará expressão ao design e formação para que as empresas possam pagar melhores salários.
Na Educação – que elege como bandeira da sua candidatura, renova a intenção de investir no parque escolar, aproveitando o financiamento que o Ministério da Educação vai garantir junto do Banco Mundial; revela atenção aos migrantes que quer “integrar e não expulsar”, esperando que Guimarães se torne de facto uma cidade universitária.
Na sua agenda eleitoral, Ricardo Costa elenca dois Parques Industriais: um a sul – que a Câmara está a desenvolver – e outro em São Torcato onde funcionará um Hub tecnológico, rasgando a área verde da Grilé, desde a antiga Fábrica do Xavi até ao actual parque industrial.
Um balcão para o comerciante, a pedonalização do centro histórico e da sua zona tampão, a criação de três parques de estacionamento, a abolição do “comércio inespecífico” são ideias para dinamizar o comércio e turismo.
No desenvolvimento da área urbana e da mobilidade, o candidato do PS quer “ir mais além do que foi a Vitrus”, instalando em cada Comissão Inter-social de Freguesias – CSIF’s – uma mini-rede de mobilidade com mini-bus.
Mantém a aposta na ferrovia para as ligações da cidade e do concelho, da construção da via do AvePark, da ligação ao nó da A11.
Considera que a realização da Capital Verde Europeia de 2026 “vai abrir portas gigantes no acesso ao financiamento europeu”, incluindo os apoios para o Metro Ligeiro de Superfície.
Por fim, mantém a promessa das “1.000 casas” em cooperação com os privados – cujas “intenções de investimento já estão no terreno e em aprovação na Câmara” – informando que há já empresas a fazer uma casa em sete meses, somando as 111 já aprovadas pelo PRR e mais 75 em fase de adjudicação cuja construção ainda não se iniciou.
No capítulo da integração regional e nacional de Guimarães, Ricardo Costa promete ir em frente na criação da Área Metropolitana do Minho com a extinção das comunidades municipais do Ave e Cávado.
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