O presidente do Banco Português de Fomento (BPF), Gonçalo Regalado, esteve frente a frente, com empresários, de vários sectores, com investimentos a nível local e outros que apostam na exportação.
Numa altura em que o banco começa a ter um dinamismo e uma penetração maior na economia do país real nada melhor do que criar oportunidades para encontros ou conversas, entre as partes e quem protagoniza o desenvolvimento económico.
Ricardo Araújo que integra a comissão de Economia e Coesão Territorial, enquanto deputado, na Assembleia da República, e é candidato à Câmara Municipal, nas eleições autárquicas pela coligação que junta PSD e CDS-PP, criou a oportunidade para estimular um diálogo que devia ser mais regular e ir além das relações individuais de cada empresa com o banco. Um encontro aberto e sem qualquer tipo de amarras, didáctico e oportuno e que a sua amizade com Gonçalo Regalado, também, proporcionou.
Numa intervenção esclarecedora, o presidente do BPF falou de forma clara e objectiva, muito sustentada em números, dando a conhecer as soluções de apoio e financiamento disponíveis e a dinâmica que está a implementar para ajudar as empresas na sua missão, desde que assumiu a presidência, em Janeiro deste ano: criar emprego e riqueza e contribuir para o desenvolvimento local e nacional. E aumentar as exportações do país.
Depois das expectativas criadas de que o BPF estaria ao lado das empresas, Gonçalo Regalado evidenciou as medidas concretas que há-de concretizar este desiderato do governo de Luís Montenegro. E que na prática já está a produzir efeitos com várias empresas de Guimarães a beneficiar do financiamento para as suas operações.
Sublinhando a sua descendência industrial – “sou filho e neto de empresários” – e mostrando conhecer “o Berço da Nação, terra de grande importância”, onde tem amigos e conhece a capacidade empreendedora de pessoas de “grande calibre”, Gonçalo Regalado disse ter trabalhado 15 anos no BCP, uma experiência que lhe permite conhecer como as empresas precisam de apoio e de decisões rápidas às suas solicitações.
Por isso, afirmou, “ter esperança” na concretização das medidas preparadas para ajudar a economia, mostrando que o BPF está preparado para prestar contas e falar do futuro, quando for auditado pela comissão de Economia na Assembleia da República.
Começou por definir o banco – tem 630 pessoas – e um conjunto de oito empresas para financiar a economia em várias dimensões. Uma das novidades do banco é dar créditos ao importador, o que pode agradar às empresas exportadores portuguesas e da região, tal como se faz em França e em Espanha.

Gonçalo Regalado falou em números, em abundância, o que dá a ideia de que o Banco de Fomento tem uma nova dinâmica, inova, apoia e dá resposta com uma variada gama de produtos para financiar a economia.
Uma nota sobre a burocracia que até agora retardava decisões de financiamento: o número de documentos necessários para as operações bancárias foi reduzido drasticamente e a articulação com a administração pública para fornecer os documentos existentes nos diversos departamentos do Estado.
Dando um exemplo, considerou “uma vergonha” a exigência de registos criminais, do empresário e da mulher para decidir sobre um financiamento, quando o Estado detém essa informação. “E nós só temos de ir lá buscá-la”…
“Estamos a ajudar a simplificar o processo para fazer chegar dinheiro à economia.”
“Estamos a ajudar a simplificar o processo para fazer chegar dinheiro à economia, passar de 49 para 17 dias, a decisão nas operações até 50 mil euros” – informou. E acrescentou “só vamos precisar de cinco documentos” e não de 27 como até aqui. E citou-os: plano de investimentos e de negócios, balanço e demonstração de resultados, certidão do registo comercial para saber quem são os sócios.
O presidente do BPF acrescentou que isto só é possível com a participação activa da Agência para a Modernização Administrativa. Recusou, também, fazer o papel de “PJ das empresas”.
É esta agilidade processual e menos burocrática que permite dar respostas a cerca de 20 mil candidaturas, apresentadas nos últimos dois meses que representam 5,6 milhões, (2% do PIB) e que terá um impacto forte na economia. E o BPF já satisfez candidaturas únicas no valor de 4,1 milhões. E pôs à disposição de 7.500 empresas 2,8 mil milhões.
Números:
- 2,0 milhões foi quanto subiu a carteira das empresas no banco, entre Maio e Junho;
Frases:
- “Fizemos mais em seis meses do que outros em três anos”;
- “O BPF tem de ser um banco soberano em todo o país, para não deixar ninguém para trás”;
- “Os empresários só investem com dinheiro na conta, queremos correr o risco convosco”;
- “Chegaremos a Setembro com todos os avisos prontos para publicação, de modo a puder executar o PT 2030”;
- “O Banco faz investimento nas empresas, entra com capital e não com dívida e não entra sozinho” – sobre os programas de Capital;
- “Estamos a dar passos na transformação digital, criando um banco digital e fundindo as quatro garantias mútuas”;
Novidade:
A exemplo de França e Espanha, Portugal vai entrar neste nicho de mercado, fazendo com que as empresas exportadoras ofereçam aos seus clientes este novo produto, de crédito ao importador.
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