Têxteis: à espera de 1 de Agosto para se conhecer implicações das tarifas de Trump

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A aplicação de tarifas pela administração Donald Trump aos diversos países do Mundo, ainda não pode ser analisada em plenitude.

Primeiro, porque ainda decorre a sua redacção do acordo UE-USA, de modo a ser formalizado num documento final. A anunciada taxa de 15% sobre produtos europeus, no caso particular, que pode afectar as exportações de têxteis e calçado e outros produtos da metalo-mecânica, só será gravosa em função das taxas aplicadas aos países que concorrem com os produtos portugueses.

Luís Ribeiro Fontes, da Anit-Lar, ainda não faz contas porque se as taxas que os USA aplicarão à India, Paquistão, Turquia e Vietnam, entre outros, serão ou não superiores às aplicadas à União Europeia.

O que se conhece é que as taxas anunciadas para aqueles concorrentes do têxtil-lar e calçado vimaranense são superiores, variam entre 26 e 29%. Mas podem vir para 10% e nesse caso os produtos portugueses seriam afectados.

No vestuário, há também a concorrência do Egipto e de Marrocos e todos aguardam por 1 de Agosto para fazer contas à vida, no dia em que os USA apresentarão o mapa global das tarifas para todos os países.

Empresários têxteis na expectativa de manter as quotas no mercado americano. © GA!

“Os 15% fixados para os produtos europeus só podem ser analisados em termos de vantagens competitivas quando se conhecerem os valores para os nossos concorrentes” – diz Luís Ribeiro Fontes.

Até lá, as regras mantêm-se e as importações dos Estados Unidos continuarão a ter taxas adicionais de 10% e outros até beneficiam de taxas 0%.

O mercado americano é para os têxteis-lar o terceiro melhor e maior. Luís Ribeiro Fontes considera que o anúncio recente “foi um bom sinal porque firma um acordo” que estabiliza as regras internacionais de concorrência.

“Não tenho memória duma situação de tanta incerteza e imprevisibidade como esta” – reitera o Secretário-geral da Anit-Lar. 

As empresas vivem na expectativa de neste cenário “manter os seus clientes habituais”, e perante tanta incerteza “não há sinais de cancelamento de encomendas”.

Pela posição da França e um pouco pelos Países Baixos, o acordo Mercosul-UE continua ‘encravado’, o que poderia de certo modo equilibrar as consequências do furacão tarifário de Donal Trump sobre a economia mundial.

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