- O PSD atacou “os últimos dias – férteis em proclamações – do PS, numa lógica quase esquizofrénica de parecer não ser o mesmo que está sentado no poder há 36 anos”.
- Rui Armindo Freitas, vice-presidente da comissão política da concelhia vimaranense, foi quem assumiu este ripostar contra os socialistas, numa lógica de não deixar o PS a falar sozinho. E de marcar, desde já, um novo ciclo de uma campanha que já começou.
- Nas críticas que fez ao PS e a Ricardo Costa, foi contundente o que não acabando com o consenso em torno das decisões da Câmara, torna animado o debate entre os dois maiores partidos da cena política local e dos seus cabeças de lista.
Recordando “o slogan do Afirmar Guimarães” que “representa bem o falhanço do PS e das suas políticas”, o dirigente social democrata entende que “os 36 anos não bastaram para afirmar Guimarães”. “Uma confissão de que existe uma necessidade que tem vindo a ser apontada pelo PSD Guimarães há já vários anos” – sustenta.
Reiterando diversos significados e leituras para o slogan que identifica a candidatura de Ricardo Costa, conclui que “se 36 anos não foram suficientes para afirmar Guimarães, significa que o PS não foi capaz de o afirmar”, o que também significa “simplesmente” que o PS “quer continuar a fazer o mesmo, a fazer igual, significa esgotamento de ideias, projectos e soluções para o futuro”.
Elenca, depois, as áreas onde o PS falhou e que “36 anos no poder não resolveram os problemas do concelho”.
Começando pela Mobilidade, Rui Armindo Freitas lembra os problemas de acessibilidades intra-concelhias e a ligação do centro às vilas; o trânsito “cada vez mais caótico e a culpa… é do PS”. Recorda ainda que nas ligações inter-concelhias, de Guimarães com os Municípios à sua volta, “Guimarães ficou cada vez mais na periferia, fora da ligação ferroviária de Alta Velocidade e perdendo a ligação do Alfa para Lisboa”.
Já no sector da Habitação, acusa os socialistas de “não resolveram os problemas de habitação antigos”. Insiste que “36 anos não foram suficientes para o PS promover a oferta de habitação pública e privada, nos mercados de arrendamento e de compra e venda”.
Rui Armindo Freitas, interroga: “é assim que querem afirmar Guimarães, com as mesmas políticas desastrosas, querendo agora resolver o que foram incapazes em 36 anos?”
“São frequentes as queixas dos promotores privados com projectos bloqueados.”
E questiona porque é que estando Guimarães “a precisar de aumentar a oferta de habitação, são frequentes as queixas dos promotores privados com projectos bloqueados, a dificuldade nos licenciamentos e uma política de gestão de solos que limitou a oferta”.
Lembrou, depois, que o concelho “perde atractividade, perde pessoas, perde empresas, não alavanca o crescimento das empresas e não atrai investimento externo”. E porquê? Defende que “tudo isto é resultado da inoperância do PS na Câmara”, um factor que não ajuda à competitividade externa, pois, “a composição das exportações é a mesma de há décadas por ausência de políticas públicas que atraiam o investimento”.
Num ataque directo a Ricardo Costa, o candidato do PS, Rui Armindo Freitas não tem dúvidas de que “foi incapaz de atrair um euro de investimento directo estrangeiro” enquanto liderou a estratégia económica da Câmara, durante oito dos últimos 10 anos do PS no poder.
“Quer enganar os vimaranenses e fazer de conta que representa um novo rumo.”
“Não se lhe conhece uma única divergência das opções seguidas” – acusa o vice-presidente do PSD. E acrescenta “foi sempre seguidor e co-responsável pelas opções do PS na Câmara”. E agora “quer enganar os vimaranenses e fazer de conta que representa um novo rumo, quando ele representa o mais velho e desgastado Partido Socialista, com a velha máquina e os mesmos vícios”.
Classificando o PS como um partido “sem ideias, a defender uma coisa na Câmara e outra no Toural e em Lisboa”, Rui Armindo Freitas acusou Ricardo Costa de andar em “ziguezague” a propósito da ligação Guimarães-Braga, “com Domingos Bragança a defender o BRT e Ricardo Costa a defender a ligação em comboio”.
A última acusação ao candidato do PS nas eleições é de se apresentar “com a cópia das ideias de outros como se fossem suas, numa tentativa mal amanhada de querer parecer novidade quando é um dos grandes responsáveis pelos últimos anos”.
“Mas pior – disse – já nem se propõem lá ir com ideias próprias”. Rui Armindo lembra as iniciativas e ideias lançadas por Ricardo Araújo que Ricardo Costa agora “copia”:
“Guimarães candidata a Capital Europeia da Inovação” – foi defendida por Ricardo Araújo em Outubro de 2023; “o acesso à A11, em Brito”, foi Ricardo Araújo a dizê-lo em Julho de 2024.
“E onde é que ouvimos isto?” – interroga o vice-presidente da estrutura local do PSD. “Foi na candidatura de que diz que quer afirmar Guimarães” – acentuou.
Numa tentativa de “repor sanidade no debate político”, Rui Armindo Freitas pede “que não se diga hoje que nada ficará igual, pois, isso é demonstrativo do arrependimento da governação das últimas décadas”; e que “não se diga que agora é que vai ser, depois de quase quatro décadas seguidas em Santa Clara”.
Defende, por fim, que “é a hora de mudar, de ouvir ideias novas, ideias frescas, de dar a voz a novos protagonistas”. E conclui: “chega de uma terra que só não está parada no trânsito mas também parada no tempo”.
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