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Quinta-feira, Janeiro 16, 2025

UMinho: quando o satélite Prometheus-1… tornou as estrelas diferentes!

Economia

O Prometheus-1 foi lançado para o espaço… na Terça-feira, ao fim da tarde portuguesa e a partir dos Estados Unidos da América. 

A sua imagem é a do tamanho de um cubo – de Rubik – de 5x5cm, onde se estampa o orgulho da Universidade e da sua Escola de Engenharia, instalados no campus de Azurém.

O satélite é “um bebé de seis anos” – como o definiu Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. 

“Um passo importante no desenvolvimento científico e tecnológico de ponta.”

A sua ida para o espaço mereceu uma sessão especial da academia, realizada no átrio do campus de Azurém. “Um meio de inspirar gerações mais novas e um passo importante no desenvolvimento científico e tecnológico de ponta” – como sublinhou o actual líder da EEUM.

Não faltaram o reitor, Rui Vieira de Castro, o presidente da Escola de Engenharia (EEUM), Pedro ArezesAlexandre Ferreira da Silva, do departamento de Electrónica Industrial, inúmeros professores, Domingos Bragança, presidente da Câmara, uma plateia de pessoas ligados ao desenvolvimento deste projecto e, também, Carlos Batalha, Coronel da Força Aérea Portuguesa.

A viagem do Prometheus a bordo de um foguetão da SpaceX mereceu aplausos entusiastas dos presentes, um lançamento que permitiu a Pedro Arezes recordar a concepção do pequeno satélite, ainda embrião, há seis anos atrás.

© UMinho

O espaço fascinou os cientistas da UMinho, e das perspectivas que geraria em termos de oportunidade científica e comercial.

Sucederam-se inúmeros “factos” que tornaram o aeroespacial uma atracção, um curso, de licenciatura e mestrado, com professores e alunos interessados em fazer parte de uma nova aventura. “Hoje – disse Pedro Arezesafirmámo-nos como Universidade e escola de investigação, com parcerias nacionais e internacionais”. E mais do que isso: “assumimos um compromisso com a estratégia de Portugal e da União Europeia de conquistar o espaço”

Com um misto de entusiasmo e emoção, afirmou: “contem connosco e com a EEUM”, ao mesmo tempo que recordava uma canção de David Bowie ‘Space Oddity’ – ao lembrar que “the stars look very different today” (as estrelas parecem muito diferentes hoje – em tradução livre).

Enquanto se separava o lançamento do foguetão com o satélite a bordo e ainda a pairar no espaço em local desconhecido – só ao fim de sete dias, haverá informação da sua localização – o campus de Azurém mostrou personalidades e instituições parceiras deste projecto de conquista do espaço.

“Candidatem-se para fazer parte da futura geração de cientistas.”

Por exemplo, o programa Carnegie Mellon Portugal (programa ‘CMU Portugal’) – que visa promover as relações indústria-academia enquanto motor de mudança com impacto económico e social – representado por João Magalhães. E dos 27 projectos – o Prometheus é um dos deles – em curso e que estão a ser desenvolvidos também com a Universidade de Lisboa, que convocam os jovens para a investigação, ao nível do doutoramento. “Candidatem-se – apelou – para fazer parte da futura geração de cientistas”.

Rui Vieira de Castro, sublinhou que a colocação no espaço do Prometheus é “um marco na história da Universidade” e um marco “na concretização do compromisso que assumimos com a ciência, a educação e o progresso humano, com o desenvolvimento da região e do país”. E, ainda, “muito mais do que um feito tecnológico”

É o símbolo do “compromisso da Universidade do Minho com o alargamento das fronteiras do conhecimento, da formação de estudantes, cientistas e inovadores capazes de usar a tecnologia de forma séria e responsável”.

Alexandre Ferreira da Silva, defendeu que a missão do Prometheus “é trazer o espaço para a sala de aula”, um método de “partilhar a nossa experiência com os alunos”; no seu interior o satélite “integra o saber do departamento de Electrónica”.

Destacou que o eco-sistema da UMinho colocou no espaço, em 10 meses, quatro satélites em órbita. E relevou o papel da Universidade num contexto de participação activa na engenharia espacial. “A UMinho – evidenciou – não está com um pé na porta… está sentada à mesa para discutir o futuro da engenharia espacial”.

A colocação do Prometheus no espaço “é o encerrar de um capítulo”. Mas é, também, “a abertura de um outro sobre a operação do satélite”, uma tarefa que continuará a ser desenvolvida com os parceiros da Zachary Manchester, Instituto Superior Técnico, Agência Espacial Portuguesa (AEP); e é “o resultado de uma estratégia com 10 anos que envolve a Carnegie Mellon e que começou nos corredores da Engenharia Têxtil com os engenheiros Pedro Souto e Hélder Carvalho”, como informou Hugo Costa, da AEP.

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, considerou o envio de um satélite para o espaço, pela Escola de Engenharia da UMinho, “um orgulho para todos nós vimaranenses”. Reforçou que “é um feito histórico e de poucos que importa escalar, através de plataformas colaborativas que estamos a criar”.

Reconhece que é o início de “um caminho longo que para ter sucesso é preciso resistência, resiliência e foco” – concluiu.

Foto © UMinho

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