Na cerimónia de tomada de posse de presidente da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD), Paulo Cruz começou por lembrar que “os últimos anos foram intensos e brindaram-nos alguns desafios e oportunidades”.
Nos seus 35 anos de professor da UMinho, e já a entrar no quarto mandato como presidente da Escola de Arquitectura, destacou a inauguração de um novo edifício para sedear os projectos de ensino de artes visuais na Garagem Avenida, a intensa actividade cultural e de extensão, a conclusão de dois importantes projectos desenvolvidos pelo centro de estudos: a reabilitação do centro cívico da Vila das Caldas das Taipas e o de instalação da unidade de Arqueologia no Convento de São Francisco de Real.
No funcionamento interno da escola, elencou o aumento significativo da percentagem de professores associados e catedráticos, a re-acreditação de todos os cursos da escola, o reforço do pessoal técnico e a criação de um novo mestrado em ‘Ensino de Artes Visuais’, conjuntamente com o Instituto de Educação, e de diversos cursos breves não conferentes de grau.
Agradeceu aos vice-presidentes cessantes Bruno Figueiredo, Carla Cruz e Ivo Oliveira, por “todo o esforço, dedicação e lealdade”.
E recordou o início do anterior mandato depois de “três anos volvidos, reincidi e voltei a cometer a insensatez e a temeridade de, com renovada motivação e visão de melhor escola, me propor assumir este último mandato na condução e liderança da Escola de Arquitectura, Arte e Design”.
O seu programa de acção – acredita – “constituirá uma carta de valores e um compromisso indelével, que transcende interesses individuais e temporais e que pretendemos que constitua um pacto colectivo e duradouro”. E permitirá “orientar a governação e a organização da escola, tendo por base princípios éticos sólidos e amplamente partilhados, perseguindo o bem comum e garantindo a coesão e a responsabilidade mútua”.
Justificou que “ao fomentar uma cultura de pertença e de participação activa, ambicionamos que a Escola de Arquitectura, Arte e Design seja um lugar de encontros significativos e de desenvolvimento pessoal e colectivo, incentivando espaços de diálogo, de colaboração e de co-criação”.
“Seremos melhor escola se continuarmos a garantir uma educação superior de elevada qualidade.”
Mais virado para o futuro acredita que “seremos melhor escola se continuarmos a garantir uma educação superior de elevada qualidade, se privilegiarmos metodologias de ensino que favoreçam o papel activo da comunidade discente nos processos de aprendizagem e se continuarmos a ensaiar abordagens mais integradas de ensino, reforçando a pertinência da EAAD para pensar, debater, representar e projectar os desafios da contemporaneidade”.
Paulo Cruz acredita que uma melhor escola será conseguida “se as dinâmicas de investigação do Lab2PT e do IN2PAST propiciarem efectivas sinergias com o ensino e se promovermos a valorização e a transferência de conhecimentos; se conseguirmos expandir a oferta de terceiro ciclo a novas áreas científicas e se continuarmos a explorar a oferta de cursos de curta duração, não conferentes de grau”, reforçar a ligação com os alumni e criar uma efectiva colaboração com o recém-constituído Núcleo de Alunos de Arquitectura, Design e Artes da Universidade do Minho.
Mas há mais “ses” a condicionar essa melhor escola: “a promoção de actividades que permitam a fruição de bens culturais por todos, atender às necessidades de formação e valorização do pessoal técnico, administrativo e de gestão e se estimularmos a sua participação em programas educacionais e em parcerias de cooperação internacional. Mesmo o cumprimento dos princípios e valores éticos, de diversidade e multiculturalidade, e se contribuirmos para o exercício de uma cidadania activa, crítica e responsável; e assegurar a promoção da sustentabilidade e eficiência da EAAD na utilização dos seus recursos, melhorando a comunicação interna e externa e a eficácia dos canais de informação e divulgação”.
Por fim, Paulo Cruz considera que todos as condicionantes que se apresentam no horizonte, a EAAD, explorando a possibilidade de firmar um Contrato Programa Plurianual, será mais fácil afirmar posicionamento estratégico da escola e a missão da Universidade do Minho.
Numa plateia onde estavam o reitor, Rui Vieira de Castro e membros da reitoria, Ana Cotter, vereadora municipal, membros de outras unidades orgânicas de ensino e investigação, administrador e provedor, docentes, investigadores, trabalhadores e alunos, Paulo Cruz afirmou que “esta é a hora” para cumprir um enorme e exigente desafio e concretizar um programa de acção ambicioso, mas realista, com a equipa da presidência – os professores João Cabeleira, Jorge Correia e Susana Gaudêncio, afirmando a Arquitectura, a Arte e o Design.
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