E depois foi um “ai Jesús”… Ramírez que chegou à frente do guarda-redes, disparou com força com a bola a sobrar para um Arcanjo (70’) também Telmo que atirou para o fundo da baliza, colocando o resultado em 2-0.
O Vitória já tinha tirado o passaporte, para seguir em frente nesta Conference League. E fá-lo com um êxito absoluto nos quatros jogos disputados deixando para trás os malteses do Floriana e os suíços do FC Zürich.
E está já no play-off para defrontar o Zrinjski Mostar, clube da Bósnia Herzegovina, com o primeiro jogo a realizar-se já na próxima Quarta-feira.
O FC Zürich veio a Guimarães salvar a honra do convento… depois do 0-3 da primeira mão. Mostrou outras potencialidades, obrigou o Vitória a jogar de forma diferente e chegou ao intervalo sem sofrer nem marcar golos. Esteve perto de o fazer apenas quando Matthew (60’) chutou ao lado.
Num jogo muito disputado, o Vitória criou perigo em lances em que a bola sobrevoava a defesa do clube suíço com Nuno Santos e Ricardo Mangas a concretizarem mal, na hora de chutar à baliza.
Antonio Marchesano e Ifeanyi Matthew eram no meio-campo guerreiros liderando a força atacante adversária que contudo não teve hipóteses de incomodar Bruno Varela.
Manu Silva que apareceu a titular no lugar de Tomás Händel foi uma figura em destaque, ocupando um lugar no meio-campo e esteve na jogada potencialmente mais perigosa quando Nélson Oliveira cabeceou para a baliza com o guarda-redes contrário a defender com a mão.
Tudo aconteceu num canto em que a bola foi da cabeça de Manu Silva (23’) para a de Nélson. Igualmente, João M. Mendes (16’) deu nas vistas ao iniciar e concluir a mesma jogada. O defesa-esquerdo fez o primeiro passe para a frente e já estava defronte do guardião Brecher rematando com o pé esquerdo um cruzamento da direita de Kaio César. Foi o momento do jogo.
Nuno Santos (37’) atirou ao lado numa jogada confusa, rápida, de contra-ataque que podia ter “rendido” mais. O FC Zürich jogou de forma a emperrar o Vitória e o seu estilo de jogo, de passe curto, com velocidade a sair para o contra-ataque.
A segunda parte começou com um excelente “tiro” de Tiago Silva (47’) que rematou em jeito e com força, na zona frontal da baliza, a passe de João Mendes, da esquerda, que o guarda-redes suíço defendeu.
O Vitória teve sempre mais iniciativa e posse de bola e não deixou de continuar a dominar o jogo. E foi assim que surgiram os golos.
O 1-0 foi uma obra colectiva, com a marca de artista, de Kaio César. Foi até à linha de fundo, aguentou os defesas suíços, virou-se para trás e deixou que Tiago Silva… optasse por colocar a bola um pouco atrás com Manu Silva a aparecer disparando colocado e com força. A bola bateu no poste esquerdo da baliza de Brecher e entrou para dentro. Um prémio para o jovem médio que foi uma espécie de arma secreta de Rui Borges para este jogo, o tal canivete suíço usado pelo exército suíço como símbolo icónico de versatilidade e resiliente… que espelha bem a exibição do ‘jovem turco’ vitoriano.
Depois foi Jesús Ramírez a iniciar a festa, isolando-se e rematando sobre a esquerda. O guarda-redes defendeu mas a bola sobrou para Telmo Arcanjo (70’) que oportuno chutou para golo. Outro prémio para a sua persistência.
Há outras notas: João Mendes voltou à competição, para ganhar ritmo e o Vitória chega ao play-off com a baliza de Bruno Varela incólume a golos. São 10-0 em golos marcados e sofridos.
Outro sinal positivo veio das bancadas. Estiveram no D. Afonso Henriques 21196 espectadores e destes cerca de 700 eram suíços.
E até o árbitro ucraniano merece um aplauso pela sua competência. Oleksii Derevinskyi teve sempre o controle do jogo.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Bruno Gaspar, Jorge Fernandes, Toni Borevković, João Mendes (Samu Silva 61’), Tiago Silva (Zé Carlos 68’), Manu Silva, Nuno Santos (João Mendes 76’), Kaio César (Telmo Arcanjo 68’), Ricardo Mangas, Nélson Oliveira (Jesús Ramírez 62’).
Amarelos: Nélson Oliveira (21’), Samu Silva (65’).
Golos: Manu Silva (58’), Telmo Arcanjo (70’).
Foto © Vitória SC
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