Tem história e é tradição, procura ser atracção regional do entretenimento e da religiosidade e tem “a memória inspiradora do Bispo Torcato”.
Vai realizar-se, como sempre, no primeiro fim-de-semana de Julho (5 a 7), assumindo-se como a maior festa do vale de São Torcato e uma das festas mais importantes do concelho de Guimarães.
A Irmandade – que a organiza – procura imprimir-lhe um cartaz distintivo nas festas concelhias. Mas os tempos são outros. E o que se recorda da sua história e tradição do passado é apenas a nostalgia do culto a São Torcato e das aglomerações daí resultantes.
Contudo, permanece fiel ao seu modelo de festa popular e religiosa, acentua o culto a “um Bispo que continua memória inspiradora desta longa tradição”, como salienta o pároco padre Valentim Soares, um legado que atravessa os tempos modernos.
Paulo Novais, juíz da mesa da Irmandade, acentua a sua história, junta camadas de factos que lhe deram reputação ao longo dos tempos, mais na vertente da religiosidade, a que se junta a animação popular porque o povo não sabe viver sem festa.
Durante três dias, haverá arraiais, folclore, música ligeira e concertos da banda de música da Póvoa de Lanhoso, procissões, missas e uma incursão pelo valor imaterial do culto a São Torcato cuja contemporaneidade a Irmandade procura destacar. Este ano, pela voz e pensamento do padre Pedro Sousa, do Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo de Braga.
No essencial, a Romaria Grande vive da sua ligação e proximidade com as populações locais e do reviver da tradição.
Para a junta de freguesia de São Torcato, a Romaria Grande é “a festa das festas”, com uma raíz cultural forte, a par de outras tradições como a colheita do linho, o folclore e os curtumes. Para Alberto Martins, autarca da freguesia, a Romaria não deixa de ser “uma festa integradora e plural, com sinais distintivos como o tocar dos sinos do carrilhão do Mosteiro e Basílica, o rufar dos bombos do Mestre Zé e as danças folclóricas dos seus dois grupos”. Destaca as sessões de fogo e tradições gastronómicas.
O vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, não tem dúvidas de que a Romaria “é uma das festas mais importantes do concelho”. Tem importância documentada no património imaterial e do ponto de vista lúdico, recreativo e religioso tem tradição.
Acentua que “o seu património está a ser preservado”, tem memória e faz da Romaria Grande um cartaz reconhecido pelo Município pelo trabalho que é feito.
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