Nasci no antigo Hospital dos Capuchos e fui batizado na igreja de São Dâmaso. Vi os meus filhos nascerem em Guimarães e tive a felicidade de ver a minha filha ser batizada na mesma igreja pelo mesmo padre que me batizou.
Cumpri o serviço militar no antigo Regimento de Lanceiros da Rainha, como voluntário, sendo um soldado de cavalaria por direito. Um Lanceiro que vê agora a associação sediada no hospital onde nasceu.
Curiosidades e coincidências, e tantas outras há. Por isso, celebrar o 24 de Junho é mais do que celebrar a minha história, a história da minha vida familiar, de Afonso Henriques ou de Guimarães. Celebro o dia da Portugalidade, o primeiro dia, a Aurora da maior e melhor nação do mundo.
Não foi só o primeiro rei contra uma regente mal-intencionada. Não foi o que seria Portugal contra o que seria Espanha. Não foi uma família em disputa por territórios. Mas sim um povo na luta pelo progresso contra o retrocesso civilizacional.
Mas Portugal negligenciou este dia e os Portugueses não lhe dão o devido valor. Como é possível? Sem este dia não haveria a nação valente, não seríamos imortais. Não haveria língua portuguesa. Será que ninguém o entende?
O título de “Berço da Nação” é uma identidade que nasce connosco, crescendo ao longo das gerações. No entanto, quando partimos deste mundo físico, esse título permanece, perpetuando o orgulho que sentimos por esta cidade. Mas, esse dia tem o potencial de ser muito mais do que uma celebração local. Ele pode-se transformar num dia de ressoar a portugalidade, enaltecendo o orgulho nacional, a rica história de Portugal e a cultura lusitana.
Neste dia, é nossa responsabilidade celebrar com entusiasmo, relembrar e honrar a história multifacetada do nosso país e a nossa cultura singular. Devemos refletir sobre o valioso legado deixado pelos nossos antepassados e valorizar as suas inúmeras conquistas. Este é o momento para nos reconectarmos com as tradições e valores que nos definem como povo, desde o esplendor do idioma português, uma das línguas mais faladas no mundo, até as delícias da gastronomia típica de Portugal.
Mais do que isso, é uma oportunidade para nos unirmos em um espírito patriótico, relembrando o quão afortunados somos por ser parte desta nação extraordinária. Devemos celebrar com gratidão a nossa rica herança cultural e encarar o futuro com esperança e determinação, mantendo a chama da portugalidade acesa nos nossos corações.
O 24 de Junho é, afinal, o dia nacional da Portugalidade, um momento especial para exaltar nossa identidade e orgulho como portugueses. E em Guimarães podemos e devemos festejar antes disso o 22 de Junho, dia que (imaginem!) a tal Rainha, Dona Maria II, nos elevou a cidade.
Não falta história na minha vida, na minha família, na nossa cidade e no nosso país. Falta é que quem manda pare de negligenciar essa mesma história!
Viva o 22 de Junho, Viva Guimarães! Viva o 24 de Junho, Viva Portugal!
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