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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Economia: o Norte está mais próximo do espaço

Economia

A CCDR-Norte prepara plano para promover a economia espacial na região, com várias áreas prioritárias.

E com a Agência Espacial Portuguesa está a trabalhar na criação de um plano de acção para a promoção da economia espacial no Norte, com o objetivo de promover o desenvolvimento e o uso das tecnologias espaciais na região.

A primeira reunião do grupo de acompanhamento deste plano de acção teve lugar na sede da CCDR-Norte, num encontro que contou com a presença, da Agência Espacial Portuguesa, de três universidades, seis entidades do sistema científico e tecnológico, uma associação empresarial e 11 empresas da região.

“Pela primeira vez, à escala da região Norte, está a ser realizada uma análise detalhada do enquadramento do sector do espaço no âmbito dos domínios prioritários da Estratégia de Especialização Inteligente do Norte (S3 NORTE 2027) e da caracterização do ecossistema empresarial que actua directa ou indirectamente no sector espacial” – salienta uma nota da Comissão.

A partir das prioridades regionais, nacionais e europeias e das tendências do mercado espacial identificadas, o plano discutido trata de garantir a definição dos objectivos estratégicos, dos eixos de acção e das áreas prioritárias que podem promover a economia espacial no Norte.

Sendo o sector espacial em Portugal caracterizado por empresas e centros de investigação de pequena dimensão ou onde a área espacial representa uma fracção reduzida das actividades, foram identificadas 75 entidades da região Norte que actuam ou têm potencial para actuar no sector espacial. “Metade são empresas, representam uma facturação global de 30 milhões de euros e empregam, actualmente, cerca de 420 profissionais” – refere. 

São “estas evidências que comprovam que este é um sector emergente e, ainda, com pouca expressão económica ao nível regional e nacional” – lembra a CCDR-Norte.

Já estão identificados três eixos prioritários de acção com vista à capacitação e crescimento do sector espacial, designadamente: ‘Investigação e Desenvolvimento’, ‘Competitividade e Internacionalização’ e ‘Capacitação de Recursos Humanos’.

O Plano de Acção visa responder a diversos objectivos estratégicos: dinamização de outros mercados não directamente relacionados com o espaço através da geração, captação e exploração de dados e sinais de satélite (e.g. agricultura, pescas, monitorização de infra-estruturas, desenvolvimento urbano, saúde pública); promover a cooperação científica e tecnológica inter-regional e internacional na área do espaço; e assegurar o desenvolvimento das condições de enquadramento financeiro, institucional, cultural e educativo para impulsionar o sector espacial no Norte.

“O Norte continua o seu caminho de afirmação neste sector.”

Para António Cunha “depois do sucesso do lançamento do Aeros MH-1, em Março deste ano, resultado de um forte investimento nas áreas de I&D Aeroespacial, por parte de entidades públicas e privadas, o Norte continua o seu caminho de afirmação neste sector”

O presidente da CCDR-Norte refere ainda que “esta afirmação é essencial para dar condições às nossas instituições e aos nossos profissionais para se tornarem verdadeiramente competitivos num sector que requer não só um forte investimento financeiro, mas sobretudo investimento no desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos”.

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