Paulo Lopes Silva, defende critérios objectivos para a selecção de autarcas – candidatos nas freguesias. Numa sessão em Moreira de Cónegos, tendo em vista as eleições internas que alguns apontam para Julho, admitiu a Guimarães, agora! que “este método é o menos fracturante para a unidade do partido” – ameaçada por uma deriva de candidaturas que os bastidores da política autárquica alimentam.
O candidato repetiu em Moreira de Cónegos o que havia anunciado previamente na apresentação da intenção de se candidatar à comissão política concelhia e cuja filosofia é simples:
- Nas freguesias onde o PS governa, “os actuais presidentes de junta serão convidados à recandidatura para o próximo mandato”;
- Nas freguesias onde há transições impostas pela limitação de mandatos, serão ouvidos “os actuais executivos para tomar a melhor decisão”;
- Nas freguesias onde se procura construir projectos alternativos vencedores, serão reunidos “os militantes e simpatizantes do PS nessas freguesias, e escolheremos a melhor opção que desse processo emanar”.
Nesta primeira acção no sul do concelho, Paulo Lopes Silva introduziu uma novidade no seu discurso. Defendeu que o futuro de Guimarães passa por construir um caminho a partir do “enorme legado socialista que é Guimarães”, uma referência clara e evidente ao trabalho feito pelos anteriores presidentes de Câmara. E a partir do qual o PS tem construído a sua sustentabilidade eleitoral.
Esta evidência não tem estado na agenda política do partido, a braços com embaraços resultantes de propósitos individuais, de grupos e sindicatos de interesse que estilhaçaram a unidade do PS para além da divergência de opinião.
“Não pode existir um PS do Partido e um PS da Câmara”, disse aos militantes em Moreira de Cónegos valorizando que a unidade é a pedra base da força eleitoral do PS.
Neste contexto, Paulo Lopes Silva não podia deixar de referir-se ao facto de “ao longo destes últimos dois anos”, o PS não ter funcionado como um todo, para além das querelas de grupo. E sublinhou que “tem faltado um Partido que celebre as conquistas, defenda na adversidade e seja o suporte político de Câmara, Assembleia Municipal e juntas de freguesia”.
O mais flagrante exemplo deste facto é a ausência permanente, sistemática e vincada de dirigentes e militantes nas iniciativas promovidas pela Câmara com propostas em curso para o desenvolvimento de Guimarães, um défice de representação política que se acentua. Mas há mais exemplos de que o PS e as suas duas (ou mais) caras não convive nem com os êxitos nem com as dificuldades da governação municipal, quando foi o PS que venceu maioritariamente as eleições e elevou para sete o número de vereadores o que aconteceu pela segunda vez.
Há mais sessões e Paulo Lopes Silva continua esta Sexta-feira, às 21h00, no salão paroquial de Souto Santa Maria, com a CSIF Castreja, a deixar claras as suas ideias sobre a missão da concelhia do PS.
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