São os números que indicam que a actividade turística é uma actividade económica de valorizar em Portugal e nas suas regiões ou territórios.
As receitas arrecadadas em 2023 estimam em 25 mil milhões de euros, o produto gerado nesta actividade também alimentada pela sua importância cultural.
Este produto representa um crescimento de 37% face a 2019 e de 18,5% face a 2022, nos números apresentados mais recentemente pelo Secretário de Estado do Turismo.
Um crescimento que se estendeu a todo o país e que se verificou ao longo de todo o ano. “Uma alteração estrutural no nosso turismo”, sublinhou Nuno Fazenda, que disse acreditar que o turismo crescerá “ainda mais em 2024”.
Ao longo do ano passado, foram vários os indicadores de procura turística a bater recordes. Em 2023 foram contabilizados mais de 30 milhões de hóspedes – um crescimento de cerca de 10% face a 2019, que tinha sido o melhor ano turístico até então -, e 77 milhões de dormidas.
Se há uma estratégia nacional para fortalecer a importância do sector, não menos importantes são as estratégias regionais e locais que visam captar o interesse de quem viaja à procura de novas vivências, de outras culturas, enquanto refresca ideias e deseja sair do seu habitat com a família ou amigos.
Agarrar estes viajantes furtivos que escolhem e variam de destino é o objectivo de qualquer estratégia assente na proximidade e na valorização dos seus recursos endógenos que procura mostrar ao mundo.
As feiras dedicadas ao sector, em locais já formados como ‘praças turísticas’, visíveis num calendário próprio e da actividade, são oportunidade para a promoção externa de uma região, onde a participação das cidades se agrupou em função de um território vasto e com múltiplas ofertas.
Guimarães há já algum tempo que abandonou a ideia de fazer uma promoção nos mercados turísticos de forma individual, enquadrando-se com sucesso nas campanhas do Porto e Norte de Portugal ou do ‘Amar o Minho’ – com as comunidades inter-municipais do Ave, Cávado e Minho-Lima.
Sem perder a sua especificidade própria e a sua marca, inovando no que apresenta e na forma como o faz, Guimarães promove a sua valia patrimonial e histórica, dando passos numa afirmação enquanto desactivo cultural e aproximando-se do conceito de turismo religioso – evidenciando o seu património construído, como igrejas ou museus.
Espanha continua a ser um mercado onde o turismo nacional absorve clientes para o seu produto. E este ano, Guimarães já marcou presença na Navartur – Feira Internacional de Turismo de Navarra – que decorreu em Pamplona, de 23 a 25 de Fevereiro.
Com mais de 45 mil visitantes, esta feira é reconhecida como uma das feiras mais relevantes dedicadas ao turismo na Península Ibérica. Destina-se a um mercado com um elevado poder de compra, como é o caso de Navarra e do País Basco, contando com um público-alvo com uma forte propensão para realizar viagens turísticas.
Daí que esta participação se enquadre no âmbito da estratégia de promoção de Guimarães como destino turístico de excelência.
Porém, a promoção de Guimarães, pela sua participação nestas feiras, obedece a uma estratégia de promoção directa e do atendimento personalizado aos visitantes, e o turismo de Guimarães aproveitou a oportunidade de participar na Bolsa de Contratação Turística ‘B2B NAVARTUR Meetings’, que proporcionará importantes reuniões e contactos com operadores e agências de viagens especializadas a nível internacional.
Integrando a representação do Norte de Portugal no stand da entidade regional de turismo, a estratégia promocional de Guimarães incidirá especialmente no ‘Património Histórico e Cultural’, no ‘Turismo de Natureza’ e na ‘Gastronomia e Vinhos’, aumentando o core de produtos, de modo a satisfazer interesses vários de quem gosta de viajar.
Mais recentemente, na BTL – a maior feira do turismo português – Guimarães integrou-se no projecto ‘Amar o Minho’ com os restantes Municípios da região, com uma oferta turística própria e animando o seu espaço de promoção com uma dinâmica de grupos sempre com o intuito de captar a atenção dos operadores turísticos e aos visitantes.
O produto turístico de Guimarães já é mais abrangente englobando a natureza, a eno-gastronomia, o património e cultura, eventos, tradições, saúde e bem-estar e tende a valorizar novas valências e nichos específicos.
O presidente da República e o Secretário de Estado do Turismo valorizaram a presença dos 24 Municípios minhotos com a sua presença, sentindo a sensação proporcionada pelos seus produtos.
Nos cinco dias da feira, o turismo como ferramenta para o desenvolvimento local, nos territórios de baixa densidade, foram oportunidade para mostrar como o Minho também tem no turismo um objectivo de sustentabilidade.
O site ‘Cá no Minho’ foi lançado nesta feira evidenciando as experiências turísticas em torno da região. Com “histórias para contar, artes para descobrir, caminhos para desbravar, aventuras para viver, sabores para explorar e braços abertos sempre para receber, com um sorriso, todos aqueles que nos quiserem visitar”.
Para além da promoção dos grandes eventos do Minho, foram promovidas degustações gastronómicas e provas vínicas diárias que reflectiram a diversidade e a excelência tanto do receituário local como dos produtos locais.
“A participação na BTL pretendeu marcar o início de uma nova etapa de desenvolvimento no âmbito da futura EEC Provere Minho IN 2030, divulgando a diversidade do Minho, a uma só voz, num só território” – acentua Marta Coutada da comunidade inter-municipal do Ave.
Todos os Municípios concordam com “esta dinâmica afirmativa e a capacidade de promoção do potencial turístico do Minho”, mais forte na região do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Para além desta estratégia conjunta no âmbito do ‘Amar o Minho’, o Município preparou a sua presença na BTL, mostrando o ‘Guimarães 360º 3D – Viagem Imersiva pelo Território’, uma visita virtual que muitos dos visitantes experimentaram.
A Casa de Sezim, Quinta dos Encados, Quinta da Cancela, Quinta Pousada de Fora, Quinta Picouto de Cima e Quinta da Rabiana, mostraram a qualidade dos vinhos da região. Também os doces conventuais – como as tortas e o toucinho do céu – (da pastelaria Clarinha) e as teresinhas da mercearia do Zé by Açafrão e as brisas de Guimarães da Casa das Brisas, proporcionaram degustações com sucesso nos visitantes.
A gastronomia foi experimentada pela via do showcooking com a confecção da bola da Penha e a confecção do ‘pica-no-chão’, acompanhado dos vinhos locais.
Curiosamente, Guimarães acentuou a sua componente cultural na BTL deste ano com a participação musical do grupo BJazz Choir, de uma viagem à história com o grupo Astronauta – versando a parte histórica -, numa aposta tendo em vista uma maior promoção nacional da cidade, da sua cultura, do seu património.
“Esta participação baseia-se na estratégia de posicionamento de Guimarães no mercado espanhol.”
A participação no B-Travel – El Salón del Turismo, em Barcelona, também se insere no calendário de promoção externa de Guimarães. “Esta participação baseia-se na estratégia de posicionamento de Guimarães no mercado espanhol” – salienta Paulo Lopes Silva, vereador do Turismo.
Acrescenta que “a promoção turística junto deste público-alvo, é fundamental, uma vez que esta feira da Catalunha é destinada fortemente para viagens turísticas de pessoas com um elevado poder de compra e que valoriza ofertas diferenciadas, autênticas e exclusivas”.
A B-Travel tem repercussões a nível ibérico, europeu e mundial onde se fazem representar todas as regiões turísticas de Espanha e alguns destinos mundiais, dos cinco continentes.
Guimarães integrou o stand do Porto e Norte de Portugal – entidade que gere o turismo na região Norte, com uma estratégia promocional focada no património histórico e cultura, da natureza e da gastronomia e vinhos.
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